Fernando Santos e Paulo Bento são os nomes que nos surgem logo na memória. Mas a lista tem mais ex-seleccionadores.
É certo que estamos a elaborar este artigo antes de o Mundial 2022 terminar.
Mas dificilmente os seleccionadores de Argentina, França, Croácia ou Marrocos vão sair – a não ser que sejam por motivos pessoais, ou por outros objectivos profissionais do treinador. Falhanço no Mundial não será motivo.
Já se sabe que a fase final de um Mundial é, muitas vezes, sinónimo de porta de saída para meia dúzia de seleccionadores. Ou até mais de meia dúzia, como neste caso.
E não necessariamente por causa dos resultados no torneio; podem representar um final de ciclo.
Fernando Santos foi a “vítima” mais recente. Não se pode dizer que o afastamento nos quartos-de-final (contra Marrocos) tenha sido o único motivo para a saída do seleccionador de Portugal; mas ajudou. Dificilmente o treinador saía se tivesse chegado à final, por exemplo.
Paulo Bento já não é o seleccionador da Coreia do Sul. Depois da derrota com o Brasil nos oitavos-de-final, o treinador português anunciou a sua saída aos jogadores mas, segundo o próprio, a decisão estava tomada desde Setembro.
Tite também saiu. Mas o ex-seleccionador do Brasil já tinha anunciado há alguns meses que iria sair depois do Mundial 2022. Após o desaire com a Croácia, também nos quartos-de-final, confirmou a saída.
Louis van Gaal deixou de ser seleccionador nacional dos Países Baixos – país que também foi derrotado nos quartos-de-final, curiosamente. A derrota com a Argentina foi o último jogo da sua terceira – e derradeira – passagem pela selecção, anunciou o próprio, que deu a entender que já tinha tomado essa decisão antes do torneio no Qatar.
Luis Enrique foi mesmo “vítima” do Mundial 2022. A Espanha perdeu nos oitavos-de-final, frente a Marrocos, e o ex-Barcelona saiu.
Gerardo Martino afastou-se da selecção do México, depois da desilusão neste Mundial: os mexicanos nem passaram da fase de grupos.
Maior desilusão ainda foi a da Bélgica, que também não foi além da fase de grupos. Primeira consequência: saída do seleccionador Roberto Martínez (que no entanto também alega que já tinha decidido sair antes do torneio).
Adversário de Portugal, Otto Addo abandonou a selecção do Gana. Último lugar do nosso grupo, mas nova decisão tomada antes do Mundial 2022. “Sairia mesmo que fôssemos campeões do mundo”, assegurou.
Oito saídas, mas aparentemente só três delas relacionadas (muito ou pouco) com o Mundial 2022: Fernando Santos, Luis Enrique e Gerardo Martino.