Apesar de promissores, os robots terrestres armados não têm tido especial sucesso em cenário de conflito.
Num momento em que a NATO convive com um conflito armada nas suas portas, um novo passo foi dado pelos Países Baixos no sentido de aumentar a sua força defensiva. O país destacou quatro robôs terrestres armados ou veículos terrestres não tripulados (UGVs), o que o torna o primeiro país da aliança militar a fazê-lo. Os robôs são UGVs construídos pela empresa de defesa estónia Milrem Robotics, têm pegadas como um tanque e podem utilizar uma variedade de armas (como metralhadoras).
Os UGVs foram destacados pela primeira vez a 12 de setembro e, segundo o Ministério da Defesa neerlandês (MOD), a sua utilização está integrada numa experiência.
“Deslocámos quatro máquinas armadas [não tripuladas] no âmbito de uma experiência operacional”, explicou Sjoerd Mevissen, comandante da Robótica e do Sistema Autónomo do Exército Real dos Países Baixos, a Janes.
“Tanto quanto sei, nunca vimos isto antes no Ocidente…as máquinas foram entregues para utilização experimental numa unidade operacional num ambiente militar relevante. Estes não são simplesmente testes num campo de treino. Estamos sob os olhos e ouvidos diretos dos russos, e como tal num ambiente semi-operacional“.
Os robôs metralhadores usados pelos Países Baixos não são os primeiros que o mundo já viu. A Estónia, por exemplo, implantou pela primeira vez uma versão desarmada do THeMIS no Mali, em 2019. O Irão também tem desenvolvido os seus próprios UGVs e exibiu o seu Heidair-1 aos meios de comunicação social em 2019.
O THeMIS da Estónia, por sua vez, é maior e pode transportar mais equipamento mortífero. O Uran-9 é capaz de transportar um canhão automático de 30mm 2A72 e quatro mísseis Ataka 9M120-1 guiados por um tanque, o que o faz parecer um assustador e mortal robô assassino. Contudo, os primeiros relatórios indicam que a UGV da Rússia não funcionou bem na Síria e perdeu repetidamente a ligação ao seu controlador.