Os dados apontam para uma inflação de 10,2% em junho, em Espanha. Pedro Sanchez garante que as medidas do Governo permitem uma amortização do indicador em quatro pontos.
A estimativa rápida divulgada esta quarta-feira mostra que a inflação em Espanha, uma das maiores economias europeias, atingiu 10,2% em junho, de acordo com os dados do Instituto Nacional de Estatística espanhol.
Este é o valor o mais alto dos últimos 37 anos, desde 1985, superando os números de maio (mais um ponto e meio) e o anterior máximo de março, de 9,8%. Os combustíveis e os bens alimentares são os principais responsáveis pela subida.
Pedro Sanchez, o primeiro-ministro de Espanha, garantiu que as medidas do Governo vão permitir uma amortização do indicador em quatro pontos, segundo o Expansion.
No pacote de medidas de Madrid, onde se inclui o pacto ibérico para limitar o preço do gás natural usado para gerar eletricidade, encontram-se também vales para as famílias mais carenciadas e impostos mais baixos na energia.
Os valores divulgados nesta manhã de quarta-feira superaram as expetativas dos analistas, que acreditavam que o pico da inflação já poderia ter passado.
Os investidores estão com receio da reação do Banco Central Europeu, pondo em cima da mesa a possibilidade de a autoridade monetária apertar ainda mais a sua política e apostar num aumento de juros mais forte em setembro, acima dos 25 pontos base previstos para julho, segundo o Jornal de Negócios.
Por enquanto, já saíram os dados relativos à região da Renânia do Norte-Vestfália, com o índice a desacelerar para 7,5%. Amanhã será conhecida a inflação em Portugal e em França e, na sexta-feira, serão conhecidos os números na Zona Euro.