Recandidato à presidência francesa, Macron destacou ainda do seu programa a construção de mais seis centrais nucleares.
Emmanuel Macron pretende recuperar o controlo estatal de várias empresas do setor energético de forma a conseguir a independência energética e a neutralidade carbónica em França. O atual presidente e recandidato à eleição terá dito que para que o país possa ser “o primeiro a sair totalmente da dependência do carbono” terá de assumir “o controlo do capital pelo Estado de várias empresas do setor”.
A Bloomberg e o Libération, os primeiros a avançar a notícia, não especificaram qual as empresas em causa. Durante o evento de apresentação do seu programa eleitoral, o presidente francês confirmou os relatos. Uma das hipóteses que está a ser considerada é a nacionalização dos restantes 16% que não detém na EDF, a energética estatal com responsabilidades na construção e gestão das centrais nucleares, nota o Expresso.
A aposta do governo francês no nuclear deverá materializar-se na construção de seis novos reatores, medida que também integra o programa de Macron. No entanto, esta exigirá o saneamento financeiro da EDF, incapaz de fazer face ao investimento previsto de 50 mil milhões de euros – em grande parte devido à sua enorme dívida.
No campo das renováveis, Emmanuel Macron pretende “multiplicar por dez a capacidade solar” e criar “50 parques eólicos” até 2050. O objetivo é “mudar o mecanismo de formação dos preços da eletricidade, atualmente demasiado dependente do gás”, uma necessidade partilhada por outros países europeus.
Pois é… finalmente começam a descobrir que afinal colocar sectores estratégicos nas mãos dos “mercados” não foi assim tão boa ideia…