Sete meses depois da morte de John McAfee, o seu corpo continua numa morgue espanhola. Ninguém sabe o motivo da demora.
Mais de sete meses após a sua morte numa prisão espanhola, o corpo de John McAfee permanece numa morgue da prisão, algures em Barcelona.
Segundo o Market Watch, a filha e a ex-mulher estão a travar uma luta legal pelo corpo, ao mesmo tempo que está a ser conduzida uma investigação por um juiz para determinar as causas da morte do empresário.
Para as pessoas próximas de McAfee ainda não é clara a razão de o corpo ainda não ter sido libertado, uma vez que houve pedidos separados dos dois lados da família. Os emails enviados para o tribunal espanhol nunca chegaram a ter resposta.
Em Espanha, não é o médico legista que determina as causas de um óbito, mas sim um sistema judicial presidido por um juiz. A família aguarda, por isso, o relatório final.
A filha do empresário, Jen, queria que o corpo do pai fosse cremado e as cinzas levadas para os Estados Unidos. Já as intenções da ex-mulher Janice, que se divorciou de McAfee em 2019, não são conhecidas.
“Tanto quanto sei, não fizeram nada ao corpo“, disse Joy Athanasiou, a advogada que representa a filha de McAfee, ao Market Watch. “Tem estado ali [num congelador] durante todos estes meses.”
“Este é um dos casos mais estranhos que vi na minha carreira”, acrescentou Nishay Sanan, o advogado que representou McAfee em casos de extradição enquanto esteve preso em Espanha.
O criador do antivírus com o seu nome foi encontrado morto numa prisão de Barcelona, a 23 de junho do ano passado, enquanto aguardava extradição para os Estados Unidos, depois de ter sido detido no aeroporto de El Prat.
O corpo foi encontrado horas depois de a extradição ter sido aprovada.
Depois de ter feito fortuna na década de 1980 com o seu conhecido antivírus, McAfee tornou-se um guru das criptomoedas e era seguido por quase um milhão de pessoas no Twitter.