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Sporting 1-5 Ajax | Poker de Haller chama leão à realidade

António Cotrim / Lusa

O Sporting regressou à Liga dos Campeões da pior maneira. Na recepção ao Ajax, os comandados de Rúben Amorim foram goleados por 5-1, numa partida em que abriram uma autêntica auto-estrada no flanco esquerdo para Antony trilhar e no meio para Sébastien Haller fazer um “poker”, com a maior tranquilidade possível.

Uma partida que deixou a nu a inexperiência da formação lusa, incapaz de lidar, mental e tacticamente, com as exigências de um jogo que teve como adversário um emblema habituado a estas andanças e que não tremeu.

O jogo levava apenas 1’08” quando Antony flectiu da direita para o meio e rematou com o pé esquerdo, a bola sofreu um desvio e embateu no poste. Sébastien Haller aproveitou e emendou de cabeça.

Pior ficou tudo aos nove minutos, novamente com Antony na jogada a assistir Haller para o 2-0. Quatro remates, três enquadrados, dois golos.

Respondeu o Sporting e Paulinho reduziu aos 33 minutos, num remate que fez a bola passar por entre as pernas de Remko Pasveer.

Nesta altura já o Sporting havia realizado uma substituição forçada, com a saída de Gonçalo Inácio, lesionado, para a entrada de Ricardo Esgaio para central.

Mas não foi pelo seu lado (o direito) que o Ajax fez o 3-1, foi novamente pelo esquerdo, com Antony a fazer o que quis, a servir Gravenberch e este a assistir Steven Berghuis (39′). Primeira parte para esquecer do “leão”, que tinha Matheus Nunes como o seu melhor elemento.

Inversão de papéis no arranque da segunda parte. Logo no segundo minuto Paulinho marcou de cabeça… mas o lance foi anulado por fora-de-jogo.

Na resposta o 4-1 para os “lanceiros”, novamente Antony a cruzar da esquerda, de “trivela”, para o “hat-trick” de Haller (51′).

A entrada de Matheus Reis para o lugar de Rúben Vinagre não resolveu o problema leonino na esquerda. E o “poker” surgiu, com Haller (63′) a receber de Mazraoui em zona frontal e a marcar.

O Sporting nunca soube lidar com as combinações em progressão da formação dos Países Baixos e caiu vergado a uma goleada das antigas. Para o processo de aprendizagem.

Melhor em Campo

Irresistível. O ponta-de-lança Sébastien Haller arrasou por completo o “leão”, aproveitando os muitos erros defensivos da equipa portuguesa, num tratado de como ocupar os espaços entre os defesas contrários, fugindo à marcação.

O GoalPoint Rating de 9.7 mostra uma exibição de roça a perfeição, com quatro golos em cinco remates – todos os enquadrados entraram -, 11 passes aproximativos recebidos – o que demonstra a incapacidade leonina para impedir o atacante de ser servido -, mas também seis duelos aéreos ganhos em dez.

Resumo

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