“O culpado sou eu”. Abel Ferreira perde Supertaça sul-americana nos penáltis

Cesar Greco / Palmeiras

O Palmeiras, de Abel Ferreira, falhou na quarta-feira a conquista da Supertaça sul-americana de futebol, ao perder com o Defensa y Justicia no desempate por grandes penalidades (3-4), depois do desaire por 2-1 nos 120 minutos, em Brasília.

Após o triunfo por 2-1 em Buenos Aires, os brasileiros adiantaram-se em casa, num penálti de Raphael Veiga, aos 23 minutos, mas os argentinos deram a volta ao resultado, com tentos de Braian Romero, aos 30, e Marcelo Benítez, aos 90+3.

No prolongamento, já com as duas equipas reduzidas a dez, Gustavo Gómez falhou novo penálti para os locais, aos 100 minutos, e os argentinos acabaram por impor-se na ‘lotaria’, negando ao Palmeiras o que seria o terceiro troféu na era Abel Ferreira, depois das vitórias na Taça Libertadores e na Taça do Brasil.

 

Na conferência de imprensa após o jogo, o treinador português lamentou o resultado.

“Do outro lado tem uma equipa intensa, com qualidade. Podemos falar o que quisermos, o que vai ficar é o resultado, é o que sempre conta. Estivemos a um minuto de levantar a taça e não conseguimos através de um remate de 40 metros. Tivemos uma expulsão, um penálti ainda para passar à frente, mas futebol é isso. O futebol aqui no Brasil está sempre a procurar culpados e o culpado sou eu”, disse Abel Ferreira, citado pelo portal UOL.

“Foram jogos em que de facto perdemos nos penáltis com tudo para ganhar durante o jogo. Temos que aguentar a dor, sofrer como estou a sentir agora, e caminhar em frente. Para perder é preciso chegar aqui, fazer um trajeto para chegar aqui”, acrescentou.

A prestação dos comandados de Abel Ferreira foi julgada na imprensa internacional, nomeadamente pelo jornal argentino Olé.

“O Palmeiras, que não teve muito interesse em ter a bola, encurtou espaços para trás, não teve criatividade e rezou a cada contra-ataque puxado por Rony. A produção da equipa brasileira, que tinha toda a obrigação de ser campeã por jogar em casa e ter mais história, foi muito pobre”, lê-se na publicação.

ZAP // Lusa

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