Beatriz Freitas, que já assegurava o cargo de forma interina, foi a escolhida para presidente executiva do Banco Português de Fomento (BPF).
O jornal online ECO apurou, junto de vários fontes, que Beatriz Freitas foi a escolhida para continuar no cargo de presidente executiva do Banco Português de Fomento. Era um dos quatro nomes na lista para CEO e acabou mesmo por ser a escolha final.
A gestora já desempenha este cargo interinamente desde que houve a fusão entre a Instituição Financeira de Desenvolvimento e da PME Investimentos na Sociedade Portuguesa de Garantia Mútua (SPGM), que deu origem ao BPF.
De acordo com o mesmo jornal digital, esta decisão, bem com os nomes de todo o conselho de administração, ainda vai ter de passar pelo Banco do Portugal (BdP). E também pela Comissão de Recrutamento e Seleção para a Administração Pública (Cresap), se o Governo assim o entender.
O ECO acrescenta ainda que o facto de Beatriz Freitas não ter experiência no setor bancário poderá ser uma desvantagem, mas o conhecimento do modus operandi da instituição pesa a ser favor, bem como o conhecimento do Ministério da Economia (foi adjunta do secretário de Estado do Orçamento, Luís Morais Sarmento, e também adjunta do secretário de Estado do Tesouro e Finanças, Costa Pina).
No currículo da gestora constam também participações em missões do FMI à Grécia e a Cabo Verde, na qualidade de perita externa, mas também uma passagem pelo Conselho das Finanças Públicas e cargos de vogal em empresas como a ANA, Docapesca ou da própria Cresap.
A nomeação do presidente e vice-presidente ficou à responsabilidade dos quatro acionistas: IAPMEI (47%), Direção Geral do Tesouro e Finanças (41,2%), Turismo de Portugal (7,9%) e Aicep (3,77%). O mandato na presidência executiva será de três anos, sendo permitida a sua recondução três vezes.
O Presidente da República promulgou, em agosto, o decreto-lei que cria o Banco Português de Fomento (BPF) e aprova os respetivos estatutos.
Segundo o Executivo, o Banco Português de Fomento, que terá sede na cidade do Porto, “é uma sociedade anónima de capitais detidos exclusivamente por entes públicos, qualificando-se para todos os efeitos legais como uma sociedade financeira“.
O Governo informou que o BPF deverá fomentar a modernização das empresas e o desenvolvimento económico e social, designadamente colmatando falhas de mercado ou situações de necessidade de otimização de investimento e promovendo a sustentabilidade e a coesão económica, social e territorial em Portugal.