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Manuscritos de “A Origem das Espécies” divulgados online pela primeira vez

(dr)

Uma folha de rascunho de “A expressão das emoções no homem e nos animais” (1871).

Duas páginas originais do rascunho manuscrito de “A Origem das Espécies”, de Charles Darwin, foram divulgadas online pela primeira vez.

Além disso, foram ainda publicadas cartas e notas de leitura nunca antes vistas. Os documentos foram adicionados ao portal Darwin Online e podem ser lidas aqui.

“Darwin escreveu o primeiro rascunho de ‘A Origem das Espécies’ à mão. Mas o significado histórico desta obra ainda não era conhecido e quase todo o manuscrito foi perdido – com os seus filhos até a usarem as páginas como papel de rascunho! Como tal, essas duas páginas são sobreviventes extremamente raras e fornecem uma visão sem precedentes sobre a criação do livro que mudou o mundo”, explicou o curador do Darwin Online, John van Wyhe.

A divulgação das páginas acontece precisamente 161 anos após a publicação do livro, no dia 24 de novembro de 1859.

Apesar da sua importância para o entendimento da ciência, apenas algumas páginas originais da obra manuscrita sobreviveram. As páginas adicionadas à coleção online são apenas duas de um total de nove folhas existentes.

Uma das páginas contém algumas notas de leitura sobre formigas que Darwin fez durante a sua investigação e que se tornou uma das partes mais comentadas do seu famoso livro.

Foi ainda disponibilizada online uma página de rascunho de “A Descendência do Homem e Seleção em Relação ao Sexo”, outra das mais importantes obras de Charles Darwin. Além disso, foi divulgado o recibo do livro da editora de Darwin, “pela soma de seiscentas e trinta libras para a primeira edição, consistindo de 2.500 cópias, do meu trabalho”.

Segundo o Tech Explorist, há ainda duas páginas de rascunho do seminal de Darwin, “A Expressão das Emoções no Homem e nos Animais” e cartas de 1859 escritas para o seu antigo professor de Geologia da Universidade de Cambridge, Adam Sedgwick, e para os seus colegas T. H. Huxley e Asa Gray.

“Em vez de ficarem fora da vista do público, ao adicionar estes documentos ao Darwin Online, eles tornaram-se disponíveis gratuitamente para qualquer pessoa no mundo”, salientou van Wyhe.

ZAP //

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