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Pelo olho de uma baleia. Biólogos prenderam câmaras em 30 animais na Antártida

Com a ajuda de ventosas, uma equipa de biólogos marinhos colocou 30 câmaras em baleias-minke que vivem nas águas geladas da Antártida.

A comunidade científica gosta de usar a tecnologia para compreender o mundo animal e este é só mais um exemplo dos avanços tecnológicos ao serviço da Ciência. Uma equipa de biólogos da Universidade da Califórnia, em Santa Cruz, prendeu câmaras em 30 baleias-minke, no litoral da Antártida, para estudar o seu dia-a-dia.

Os dispositivos acoplados aos animais vão capturar imagens ao longo do dia para que os investigadores consigam estudar os hábitos dos animais, em particular a alimentação. A pesquisa vai também debruçar-se na quantidade de gelo que existe na superfície e de que forma pode impactar o que comem estas baleias.

Esta investigação é muito significativa na medida em que, nos últimos anos, o gelo do mar da Antártida tem vindo a sofrer as consequências das alterações climáticas.

Na verdade, não é apenas o gelo marinho que está a sofrer com a mudança. As águas cada vez mais quentes dos oceanos fazem com que as extremidades das grandes camadas de gelo que flutuam sobre o oceano comecem a desestabilizar. Se (ou quando) colapsarem, o gelo antártico fluirá sem impedimentos para os oceanos, elevando o nível da água do mar.

O ecologista e líder do projeto, Ari Friedlaender, refere que a iniciativa é único, devido ao facto de a medição ser feita utilizando o ponto de vista do próprio animal, como se as câmaras fossem os olhos da própria baleia. “Nunca fomos capazes de medir este tipo de característica ambiental da perspetiva do animal”, disse, citado pelo Mashable.

ZAP //

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