Mary Chiwenga, esposa do vice-Presidente do Zimbabué, Constantino Chiwenga, compareceu ao Tribunal de Harare, na segunda-feira, onde foi acusada de tentar matar o marido, bem como de lavagem de dinheiro e de fraude.
A ex-modelo é acusada de tentar matar o marido na África do Sul, em julho. Primeiro, quando Chiwenga viajou de avião para aquele país a fim de realizar um tratamento médico de emergência, a mulher insistiu que este ficasse num hotel ao invés de se dirigir ao hospital, noticiou a Time.
A 08 de julho, quando Chiwenga estava no hospital, Mary foi ao quarto, pediu segurança para sair e, sozinha com o marido, removeu o cateter que lhe fornecia medicamento intravenoso, levando a que este sangrasse. De acordo com a acusação, tentou ainda forçá-lo a sair da cama e retirá-lo da enfermaria, antes de ser intercetada pelos seguranças.
Depois disso Chiwenga foi para a China, onde recebeu tratamento médico durante quatro meses, retornando ao Zimbabué em novembro. No retorno, disse que estava a sofrer de uma condição que lhe comprimia o esófago.
Mary Chiwenga também é acusada de lavar cerca de um milhão de dólares na África do Sul, fingindo pagar por mercadorias que nunca foram levadas para o Zimbabué. A mulher era considerada como próxima do marido, antes e imediatamente depois que este liderou os militares para forçar o ex-presidente Robert Mugabe a renunciar, em 2017.
Contudo, não é vista em público com Chiwenga desde que o vice-Presidente voltou da China. Na segunda-feira, o Herald revelou que estão separados. Mary vai permanecer em custódia até uma audiência de fiança.
O Presidente do Zimbabué, Emmerson Mnangagwa, descreveu o combate à corrupção como uma das principais prioridades desde que assumiu o poder, em 2017. Mas os críticos e a oposição dizem que a comissão anticorrupção é principalmente destinada a pessoas vistas como dissidentes.