O construtor automóvel alemão Audi, do grupo Volkswagen, anunciou na terça-feira que vai suprimir 9.500 postos de trabalho até 2025 na Alemanha, no âmbito de um programa para conseguir poupanças anuais de seis mil milhões de euros até 2029.
Em comunicado, referido pela agência Lusa, a Audi precisou que as saídas serão feitas através de passagens à reforma sem que os trabalhadores sejam substituídos e sem despedimentos. Atualmente, emprega cerca de 90 mil pessoas – 60 mil só na Alemanha.
O construtor automóvel alemão indicou que os meios financeiros disponíveis vão permitir “aumentar a competitividade” no quadro da “transformação da indústria automóvel para a mobilidade elétrica”.
A marca prometeu criar dois mil “novos postos especializados” em domínios ligados a setores inovadores, incluindo a mobilidade elétrica.
As vendas, o volume de negócios e os resultados operacionais do construtor recuaram nos primeiros nove meses do ano, enquanto os de outras marcas do grupo (VW, Skoda e Seat) progrediram. “Ainda não podemos estar satisfeitos com a evolução na Audi“, afirmou o diretor financeiro da marca, Frank Witter.
Confrontada com um abrandamento do mercado automóvel, a Audi vai reduzir a capacidade de produção de duas fábricas na Alemanha que já registaram uma diminuição da procura. Este plano de reestruturação é lançado meses antes da chegada de um novo presidente, Markus Duesmann, que assumirá a liderança do construtor a partir de abril.
Markus Duesmann, de 50 anos, vai substituir Bram Schot, que no dia 31 de março do próximo ano deixa a Audi, de comum acordo com a empresa, anunciou o grupo VW há cerca de duas semanas.