A Associação Portuguesa de Seguradoras (APS) manifestou nesta segunda-feira, em comunicado, “preocupação pela perturbação” à assistência em estrada a veículos e pessoas durante a possível greve dos motoristas de mercadorias e matérias perigosas, anunciada para 12 de agosto.
De acordo com o comunicado da APS, a preocupação dos seguradores está relacionada com a “perturbação” que a greve pode causar na atividade “no que respeita à prestação de assistência a veículos e a pessoas, nomeadamente em caso de acidente ou avaria, devido à falta de combustível dos veículos rebocadores e dos veículos de transporte de pessoas que necessitam de assistência”, noticiou o Observador, citando a agência Lusa.
No mesmo comunicado, a APS informou que vai solicitar ao Governo “que confira aos veículos de reboques/pronto-socorro o estatuto de veículos prioritários no acesso ao combustível durante aquele período”, caso a greve avance.
Este pedido deve-se a um possível “delicado cenário de acumulação de veículos imobilizados nas bermas ou na própria via das autoestradas e estradas nacionais e municipais”, segundo a APS.
“A manter-se a greve, as empresas de seguros lamentam o sucedido e pedem a especial compreensão dos seus clientes para esta situação de força maior com que se veem confrontadas e relativamente à qual são completamente alheias”, acrescentou.
No entanto, e dado o processo negocial em curso, a APS apelou “às partes envolvidas que consigam ultrapassar este diferendo pela via do diálogo”.
Os sindicatos que entregaram um pré-aviso de greve com início em 12 de agosto reúnem-se nesta segunda-feira com o Governo e dizem ter “várias propostas” para apresentar ao ministro das Infraestruturas e Habitação, Pedro Nuno Santos.
A greve convocada pelo Sindicato Independente dos Motoristas de Mercadorias (SIMM) e pelo Sindicato Nacional dos Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP), que perdurará por tempo indeterminado, ameaça o abastecimento de combustíveis e de outras mercadorias.
O Governo terá de fixar os serviços mínimos para a greve, depois de as propostas dos sindicatos e da ANTRAM terem divergido entre os 25% e os 70%, bem como sobre se incluem trabalho suplementar e operações de cargas e descargas.