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Porto vs Moreirense | Dragões afastam fantasmas

Manuel Fernando Araújo / Lusa

O FC Porto imitou os restantes candidatos ao título e arrecadou os três pontos à quarta jornada, a última antes da longa paragem da Liga para compromissos da selecção nacional.

Os “dragões” receberam o Moreirense e marcaram três golos sem resposta, num jogo em que estiveram longe de deslumbrar, até deixaram os minhotos criar algum perigo, mas no qual marcaram por duas vezes na primeira parte, na etapa mais eficaz do seu ataque. Destaque para o regresso de Danilo Pereira à competição, cinco meses depois.

O Jogo explicado em Números

  • O Moreirense parecia querer assumir uma atitude irreverente, com alguns lances de perigo no arranque. Mas rapidamente o Porto tomou as rédeas da partida, registando, aos dez minutos, 62% de posse de bola, mas apenas um remate.
  • Não espantou que os “dragões” marcassem cedo. Após canto de Alex Telles, aos 15 minutos, a bola sobrou para Héctor Herrera na pequena área (num cabeceamento de Militão) e o mexicano, mais lesto que todos, emendou para o fundo da baliza contrária. Um golo ao quatro remate portista, segundo enquadrado.
  • Só dava Porto nos momentos ofensivos e, ainda antes da meia-hora (28′), Moussa Marega atirou ao ferro e, na recarga, Vincent Aboubakar ampliou o marcador. Um segundo golo que dava um golpe duro nas aspirações do Moreirense, ao sexto remate dos homens da casa, terceiro enquadrado. Ainda assim, o domínio “azul-e-branco” era ténue, com 57% de posse de bola.
  • A verdade é que o Porto chegou facilmente aos dois golos, perante um Moreirense recuado, com intensidade e, por vezes, até alguma precipitação nas suas jogadas. E chegou ao descanso com números que justificavam por completo a vantagem, em especial pela boa eficácia de remate.
  • A primeira parte não foi das mais bem jogadas, mas teve uma equipa muito melhor que a outra. O FC Porto não registava uma exibição exuberante, mas fez o suficiente para marcar dois golos, perante um adversário que cometeu demasiados erros.
  • O melhor em campo nesta fase era o central portista Felipe, que registou dois passes para finalização, 93% de eficácia de passe, seis acções defensivas, entre elas três desarmes, e um GoalPoint Rating de 7.3.
  • Reatamento algo morno, com apenas dois remates nos primeiros 15 minutos, para os homens da casa, mas nenhum enquadrado. O Moreirense equilibrou um pouco as operações até aos 60 minutos, com 49% de posse de bola, mas decisões pobres no último terço. Só aos 63 minutos, Mamadou Ndiaye obrigou Iker Casillas à sua primeira acção na partida.
  • Por volta dos 70 minutos, o Moreirense já estava por cima no jogo, com 55% de posse de bola e os melhores lances do segundo tempo – três remates na etapa complementar, dois enquadrados e mais trabalho a Iker Casillas. O “dragão” parecia intranquilo.
  • Poréem, o jogo ia decorrendo sem que os cónegos conseguissem marcar ou intranquilizar verdadeiramente os portistas, pelo que pelos 80 minutos, o resultado parecia feito. Sérgio Conceição sentiu isso mesmo e lançou Danilo Pereira para o regresso à competição cinco meses depois, e para a grande ovação da noite.
  • O Porto acabou mesmo por construir os lances mais perigosos nos últimos minutos, terminando a partida com mais um golo, nos descontos, por Moussa Marega, no primeiro remate enquadrado dos “dragões” na segunda parte, à sétima tentativa.

O Homem do Jogo

O Porto marcou três golos, mas o facto de não ter realizado uma exibição de encher o olho explica, em parte, o “brilho” de Felipe, que lhe valeu o prémio de melhor em campo, com um GoalPoint Rating de 7.7.

O defesa-central esteve muito activo em todos os momentos do jogo. A defender, com dois duelos aéreos ganhos em três, 11 acções defensivas, entre elas cinco alívios, seis recuperações de posse; no ataque, com dois remates, dois passes para finalização e até dois dribles eficazes em três tentativas.

Jogadores em foco

  • Héctor Herrera 7.6 – O médio é, cada vez mais, o grande patrão da equipa portista. O mexicano fez um belo jogo, com um golo, o primeiro da noite, três remates (dois deles enquadrados), 92% de eficácia de passe e ainda sete acções defensivas.
  • Alex Telles 7.1 – Mais um jogo de grande nível do lateral brasileiro. Implacável na cobrança de lances de bola parada, conseguiu três passes para finalização desta forma, foi o jogador com mais acções com bola (88) e ainda esteve em 12 acções defensivas, entre elas seis intercepções, o máximo do jogo.
  • Éder Militão 6.3 – O defesa brasileiro foi pela primeira vez titular e não desiludiu. Contrariamente aos números que costumava apresentar como lateral-direito, desta feita a central mostrou qualidades ofensivas, com três remates e uma assistência, ainda que involuntária, para o 1-0. Promete.
  • Moussa Marega 5.9 – O maliano regressou ao “onze” e marcou um golo, em dois remates, já mesmo ao cair do pano. Para além disso, destacou-se na luta pelo ar, tendo ganho quatro de oito duelos aéreos defensivos.
  • Ivanildo Fernandes 6.3 – O defesa de 22 anos foi o melhor dos homens de Moreira de Cónegos. No total somou 11 acções defensivas, entre elas cinco alívios, e ganhou três dos quatro duelos aéreos defensivos em que participou.

Resumo

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