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Queijo com mais de 3 mil anos descoberto em múmias na China

Chiot's Run / Flickr

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Pedaços de queijo datados de 1450-1615 antes de Cristo (AC) foram encontrados em múmias na China, noticiou hoje o jornal USA Today, que afirma tratar-se dos mais antigos queijos do mundo.

Segundo a publicação norte-americana, os bocados de queijo chinês encontrados nos pescoços e peitos de múmias chinesas, que remontam ao ano de 1615 AC, são “de longe, os mais antigos já descobertos”.

Os investigadores referiram que a conservação do queijo e das múmias se deve, em parte, às condições climatéricas extraordinárias (ar seco do deserto e solo salgado) existentes no Cemitério Small River, no noroeste da China.

“Nós não só identificámos o produto como o queijo mais antigo alguma vez conhecido, mas também temos evidência direta de tecnologia antiga” usada para o conservar, disse o químico analítico no Instituto de Biologia Celular, Molecular e Genética Max Planck da Alemanha, Andrej Shevchenko, que pesquisou as múmias.

Ao analisar as proteínas e gorduras, a equipa liderada por Andrej Shevchenko determinou que se tratava definitivamente de queijo e não de manteiga ou leite, mas não conseguiu apurar por que motivo as pessoas na altura eram enterradas com pedaços de queijo nos seus corpos.

A análise química dos produtos agora descobertos também mostrou que os queijos encontrados nas múmias eram feitos à mesma base de produção de quefir, bebida gasosa dos montanheses do Cáucaso, obtida a partir do leite por fermentação.

Segundo Andrej Shevchenko, atualmente o queijo não é feito à base de quefir, mas à base do coalho, uma substância das entranhas de bezerro, cordeiro ou cabrito, que coalha o leite.

O queijo foi supostamente inventado acidentalmente ao revestir com leite um recipiente feito do estômago de um animal, resultando na transformação do leite em coalhada e soro por ação da quimosina, uma enzima do estômago.

/Lusa

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