A Académica de Coimbra, da Segunda Liga de futebol, anunciou que vai avançar para o despedimento coletivo com o intuito de reduzir postos de trabalho e de, assim, diminuir a massa salarial do plantel profissional.
De acordo com um comunicado divulgado pelo clube, “depois de ter conversado com todos os jogadores individualmente, negociando novos contratos, rescindindo amigavelmente com alguns e nunca impedindo a progressão na carreira de outros que legitimamente preferiram sair”, a direção da ‘briosa’ decidiu recorrer ao meio legalmente previsto de despedimento coletivo, “que permitirá a manutenção de muitos contratos, exceto de alguns que objetivamente são atingidos pelo critério adotado”.
A nova gerência justifica a decisão com o facto de o clube ter descido à II Liga, “realidade que diminui abruptamente as receitas e que obriga a uma profunda reestruturação interna com vista a adaptar os seus recursos à nova realidade”.
“Essa reestruturação está em curso, no plano associativo, desportivo e financeiro”, refere o comunicado, salientando que “o desequilíbrio económico-financeiro por via da diminuição de receitas é manifesto e impossibilita a manutenção do mesmo número de jogadores no plantel e com a carga salarial assumida para um contexto que era de I Liga”.
A direção liderada por Paulo Almeida destaca que, “de entre as receitas, a maior fatia é, de longe, composta pelos direitos televisivos pagos ao abrigo do contrato com a empresa PPTV, SA, que rendeu no ano transato dois milhões de euros e que, na próxima época desportiva, irá render 500 mil euros”.
“O maior custo é, de longe, constituído pela massa salarial dos jogadores profissionais que a Académica tem ao seu dispor para competir nas diversas provas promovidas pela Liga de futebol e Federação Portuguesa de Futebol, neste momento, ainda, de aproximadamente 1,5 milhões de euros”, lê-se no comunicado.
No grupo dos dispensáveis poderão estar Ivanildo, Obiora, Gustavo e Rabiola, que têm treinado à parte do plantel.
ZAP / Lusa / Futebol365
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