MUNDO/NACIONAL

“É UMA QUESTÃO DE DIREITOS HUMANOS”. JOVENS LEVAM CRISE CLIMÁTICA PORTUGUESA A TRIBUNAL EUROPEU

O impacto do aumento da temperatura e o fracasso dos países em reduzir  as emissões de gases com efeito de estufa levaram a enfermeira Cláudia  Agostinho, de 23 anos, e um grupo composto por irmãos e primos a  interpor uma ação na corte europeia dos direitos humanos.

Após quase cinco anos, o seu caso contra 32 países europeus será ouvido pelo Tribunal Europeu dos Direitos Humanos. Esta ação se junta a outras que deverão ser apresentadas nos próximos  meses. É o caso de Damien Carême, presidente da câmara de Grande-Synthe,  no norte de França, que diz que a sua cidade enfrenta uma ameaça de  submersão a longo prazo se o nível do mar continuar a subir.

Se vencerem a causa, os governos serão legalmente  obrigados a acelerar os seus cortes de emissões e a enfrentar as suas  contribuições para a crise climática. O grupo argumentará que os incêndios florestais que têm ocorrido  todos os anos em Portugal são o resultado direto do aquecimento global.

A ação portuguesa é apoiada pela Global Legal Action Network (GLAN) uma organização internacional sem fins lucrativos que trabalha  com o objetivo primordial de interpor ações legais inovadoras  além-fronteiras para enfrentar intervenientes poderosos que violam os  direitos humanos.