Os cosmólogos Dejan Stojkovic e De-Chang Dai propõem que buracos negros minúsculos, conhecidos como Buracos Negros Primordiais (BNPs), podem estar presentes não só no espaço profundo, mas também aqui mesmo na Terra.
De acordo com a sua investigação, estes buracos negros em miniatura podem ocasionalmente atravessar objetos aleatórios – incluindo os que se encontram dentro da nossa casa – sem deixar vestígios.
Ao contrário dos buracos negros tradicionais, que se formam a partir do colapso de estrelas massivas, pensa-se que os BNPs surgiram pouco depois do Big Bang. Durante esse período, o Universo era muito mais denso do que é atualmente, criando condições para a formação destes pequenos mas incrivelmente densos buracos negros.
Os BNPs têm permanecido em grande parte teóricos, mas alguns cientistas acreditam que podem explicar a matéria negra, a substância misteriosa que constitui grande parte do Universo mas que não pode ser diretamente observada.
A hipótese de Stojkovic e Dai vai um pouco mais longe. De acordo com a VICE, os investigadores sugerem que estes buracos negros, devido ao seu pequeno tamanho e imensa densidade, podem ser capazes de abrir túneis microscópicos através de objetos sólidos. Estes buracos seriam quase impossíveis de detetar, uma vez que os buracos negros se moveriam demasiado depressa e libertariam um mínimo de energia ao atravessar a matéria.
Os investigadores exploraram a ideia dos BNPs interagirem com corpos celestes, tais como planetas, luas ou asteroides. Se um BNP passasse por um corpo com um núcleo líquido, poderia ficar preso no seu interior, consumindo gradualmente o material líquido ao longo do tempo.
Este processo poderia, teoricamente, drenar o núcleo de um planeta, deixando-o oco. O BNP só se desprenderia se um impacto externo, como uma grande colisão, proporcionasse força suficiente para o soltar.
Naturalmente, a ideia de buracos negros passando por objetos nas nossas casas pode levantar algumas preocupações. Afinal, se um BNP consegue atravessar uma rocha sólida, o que aconteceria se encontrasse um corpo humano?
Stojkovic e Dai asseguram-nos que o risco é insignificante. Por um lado, os BNPs são incrivelmente pequenos, podendo abrir buracos com apenas 0,1 microns de largura. A sua velocidade impede-os de transferir muita energia cinética, o que significa que atravessam objetos sem causar danos significativos. O tecido humano, sendo macio e flexível, permitiria provavelmente a passagem de um BNP sem rasgar ou fragmentar as células.
Os resultados do estudo foram recentemente publicados na revista Physics of the Dark Universe. Se comprovado, os BNPs poderiam reformular nossa compreensão da matéria escura, do universo primitivo e até mesmo da evolução a longo prazo dos planetas.
Ah, é esse o “Misterio” das Bancarota e da evaporacao dos Cofres (Dinehiro dos Contribuintes) e dos Fundos MINI BURACOS NEGROS! E, há muitos deles espalhados pelo País, muitos deles nas Camaras. Em Lisboa, nem se fala.