Os moçambicanos estão “falsamente” loucos com o rubi

Uma campanha de desinformação está a levar à deslocação de centenas de mineiros ilegais para a maior mina de rubis moçambicana, em Cabo Delgado, alertou a Montepuez Ruby Mining (MRM), concessionária da exploração.

Para desenjoar um pouco do tema das eleições, centenas moçambicanos foram entreter-se para maior mina de rubis do país… mas para nada.

Em comunicado, a Montepuez Ruby Mining refere ter tido conhecimento de “uma campanha de desinformação que circula nas redes sociais e que está a ser promovida por sindicatos de contrabando de rubis”, a qual “sugere falsamente que a MRM abriu a sua mina a qualquer pessoa para extração de rubis durante 24 horas”, para “promover a desordem na concessão da MRM e alimentar os sindicatos com mais rubis”.

Está a circular nas redes sociais uma campanha de desinformação que está a ser promovida por sindicatos de contrabando de rubis, e que “sugere falsamente que a MRM abriu a sua mina a qualquer pessoa para extração de rubis durante 24 horas”.

O alerta foi dado na manhã desta segunda-feira, pela Montepuez Ruby Mining, que alega que esta campanha surgiu com o intuito de “promover a desordem na concessão da MRM e alimentar os sindicatos com mais rubis”.

“Esta campanha é falsa. Todas as pessoas devem evitar entrar nas zonas mineiras da MRM. A campanha de divulgação de informações falsas está a influenciar a deslocação de centenas de pessoas para a concessão da MRM”, refere o comunicado.

Simultaneamente, a empresa admitiu estar a circular “a informação de que seis pessoas perderam a vida” no domingo, na concessão da MRM, o que assegurou: “também é falsa”.

Loucura pelo rubi causou desordem

“No entanto, duas pessoas sofreram ferimentos por arma de fogo quando a polícia reagiu a uma escalada de agressão. A MRM já alertou as autoridades e foram destacadas forças policiais adicionais para proteger os recursos de Moçambique das mãos dos contrabandistas que, entre outros, aliciam jovens das comunidades locais para roubar a riqueza de Moçambique e contrabandeá-la para o exterior, privando o país de receitas tão necessárias para o seu desenvolvimento”, sublinhou a concessionária.

A MRM é uma empresa moçambicana que opera no depósito de rubis de Montepuez, localizado no nordeste de Moçambique, na província de Cabo Delgado, abrangendo aproximadamente 33.600 hectares.

“Acredita-se que seja o depósito de rubis mais significativo recentemente descoberto no mundo”, refere a empresa, que garante ter criado localmente mais de 1.500 postos de trabalho, 95% dos quais para moçambicanos, sendo 65% oriundos de Cabo Delgado.

A MRM anunciou, em agosto, ter exportado 1,3 milhão de quilates de rubis em 2023, o segundo maior exportador mineiro moçambicano, e prevê uma segunda fábrica em 2025.

“Os rubis recuperados na MRM são vendidos em leilão, com o calendário de leilões de 2023 a render 151,3 milhões de dólares [135,9 milhões de euros], todos totalmente repatriados para Moçambique para garantir o pagamento justo dos impostos”, explicou a empresa, em comunicado.

No ano passado, a MRM pagou ao Estado moçambicano 53,2 milhões de dólares (49,6 milhões de euros) em ‘royalties’ e impostos.

ZAP // Lusa

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