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A Nike está a caminhar sobre piso escorregadio

Queda estrondosa das vendas refletiu-se nas ações, que caíram 30% este ano. A confiança, por vezes, prejudica o negócio. 2025 será “um ano de transição” para a Nike.

A Nike já não corre como antes.

O ano arrancou com uma simplificação pouco habitual da gama de produtos da gigante, bem como um corte nos postos de trabalho como parte de um plano de recuperação e redução de custos.

O objetivo? Poupar dois mil milhões de euros em três anos para reinvestir e alimentar o crescimento a longo prazo. Mas até agora, esses resultados estão por aparecer.

Os investidores certamente não gostaram do que viram na passada quinta-feira, dia em que a Nike apresentou as previsões do primeiro trimestre, em que as vendas cairão, ao que tudo indica, 10%, num ano em que se esperava um crescimento à volta de 1%, segundo a Reuters.

No dia a seguir, as ações da empresa fecharam em queda de cerca de 20% — o maior tombo desde 2001, no pior dia em 44 anos de cotação na bolsa. A empresa caiu 30% desde o início de 2024.

O mercado não está fácil para a empresa na China, mas as encomendas também têm vindo a cair. Além disso, a concorrência tem ganho terreno.

Outra questão é a linha de novos produtos. A Nike tem vindo a reduzir algumas linhas de calçado populares para entusiasmar a clientela com os novos produtos, mas a estratégia ou não está a resultar, ou ainda não resultou.

2025 será “um ano de transição” para a gigante da moda desportiva, confessa o diretor financeiro da empresa.

“Uma das grandes conclusões do relatório do quarto trimestre da Nike é que o seu negócio de estilo de vida precisa de uma grande reformulação”, disse o analista da UBS, Jay Sole.

ZAP //

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