Os preços devem aumentar nos próximos meses

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Empresas de todos os sectores – e os próprios consumidores – admitem que os produtos ficarão ainda mais caros.

Mais de um ano e meio depois do início da guerra na Ucrânia, e num período ainda sob efeitos da pandemia, os preços continuam a aumentar.

Os combustíveis não estão mais baratos, há outras matérias-primas a ficarem mais caras.

Este contexto leva a que os responsáveis pelas empresas em Portugal prevejam mais subidas nos preços de venda ao consumidor.

O Jornal de Negócios cita um inquérito mensal do Instituto Nacional de Estatística, que teve respostas de 5 mil empresas e de quase 1.500 consumidores.

Todos os sectores questionados admitem subida de preços nos próximos três meses: construção, serviços, indústria e comércio.

A maior subida verifica-se na indústria, de 1,5% para 5,7%. Mas é na construção que o aumento de preços persiste mais evidente: 15,6%.

Nos serviços a percentagem também sobe consideravelmente, de 8% para 10,9%, tendo ultrapassado o comércio (10,2%).

Os consumidores não fogem a esse rumo e, em média, esperam que a subida de preços ronde os 16,4% – a previsão era 14,7% em Agosto.

“Pode haver uma pressão crescente devido aos preços do petróleo“, avisa o economista António da Ascensão Costa. Logicamente, a indústria é mais afectada pelos preços da energia e prevê maiores aumentos.