Corpo intacto de freira que morreu há 4 anos atrai multidões a um mosteiro beneditino

AP Photo/Charlie Riedel

Uma freira que morreu em 2019 atrai centenas de pessoas à zona rural do Missouri, uma vez que o seu corpo apresenta pouca decomposição.

Centenas de pessoas rezaram sobre o corpo da irmã Wilhelmina Lancaster na abadia dos Beneditinos de Maria, Rainha dos Apóstolos, em Gower, Missouri.

Algumas dizem que é um sinal de santidade no catolicismo, enquanto que outros dizem que a falta de decomposição pode não ser tão rara quanto as pessoas pensam.

Este mistério foi descoberto, em abril, quando as freiras estavam a preparar a construção de um santuário de S. José, que implicava “a exumação dos restos mortais da nossa querida fundadora, a irmã Wilhelmina”.

Quando procederam à exumação, as freiras contavam encontrar “apenas ossos”, uma vez que a irmã Wilhelmina tinha sido enterrada num simples caixão de madeira, sem qualquer embalsamento, há quatro anos.

Em vez disso, encontraram um corpo intacto e “um hábito religioso perfeitamente preservado”.

Inicialmente, as freiras não tinham intenção de divulgar a descoberta, mas foi divulgado um e-mail privado e a “notícia começou a ser espalhada como fogo”.

Assim, cerca de 1800 pessoas, de todo o país, quiseram ver e tocar no corpo de Lancaster. Voluntários e forças policiais tiveram que ajudar a controlar a multidão que ali chegava.

“Foi espantoso”, disse Samuel Dawson, que é católico e veio de Kansas City com o seu filho. “Foi muito pacífico. Muito reverente”.

Também revelou que os visitantes foram autorizados a tocar no corpo da freira e explicou que as freiras “queriam torná-la acessível ao público, porque em vida sempre esteve acessível às pessoas”.

Posteriormente, o Mosteiro disse que o corpo de Lancaster será colocado num santuário de vidro na igreja e que os visitantes poderão continuar a ver o corpo, mas não poderão tocar-lhe.

A Diocese de Kansas City-St. Joseph também divulgou um comunicado, no qual diz que “a condição dos restos mortais da Irmã Wilhelmina Lancaster gerou, compreensivelmente, um interesse generalizado e levantou questões importantes“.

“Ao mesmo tempo, é importante proteger a integridade dos restos mortais da Irmã Wilhelmina para permitir uma investigação completa”.

“A incorruptibilidade já foi verificada no passado, mas é muito rara. Existe um processo bem estabelecido para prosseguir a teoria de santidade, mas ainda não foi iniciado neste caso”, acrescentou.

Os Beneditinos de Maria, Rainha dos Apóstolos, também disseram que Lancaster ainda não atingiu o mínimo exigido de cinco anos desde a morte para que o processo de santidade seja iniciado.

Segundo a Associated Press, Rebecca George, professora de antropologia na Western Carolina University, na Carolina do Norte, disse que a falta de decomposição do corpo pode não ser tão rara como as pessoas estão à espera.

A “mumificação” de corpos não embalsamados é comum nas instalações da universidade e os corpos podem manter-se preservados durante muitos anos, se tal for permitido. Os caixões e as roupas também ajudam a preservar os corpos.

“Normalmente, quando enterramos pessoas, não as exumamos. Não podemos olhar para elas daqui a alguns anos”.

“Com 100 anos, pode não restar nada. Mas quando se tem apenas alguns anos, isto não é inesperado“.

Teresa Campos, ZAP //

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