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A maioria dos jovens portugueses tem um trunfo que pode prevenir o Alzheimer

Karolina Grabowska / Pexels

Um novo estudo descobriu que falar duas línguas pode ajudar a prevenir a doença de Alzheimer nos estágios mais avançados da vida.

Falar duas línguas pode melhorar a memória na vida adulta e prevenir Alzheimer. A alegação vem de um estudo publicado na revista científica Frontiers in Human Neuroscience. Estas são boas notícias para a maioria dos jovens portugueses, que tendem a saber falar inglês.

Os investigadores descobriram que pessoas bilingues pontuaram mais em testes de aprendizagem, memória, linguagem e autocontrolo do que pacientes que falavam apenas um idioma.

Os neurocientistas levantam a hipótese de que, como as pessoas bilingues alternam com fluidez entre dois idiomas, esse comportamento se aplica a outras habilidades, como multitasking, gestão de emoções e autocontrolo, que ajudam a retardar o Alzheimer mais tarde.

O novo estudo testou 746 pessoas com idades entre 59 e 76 anos. Todos foram testados numa variedade de tarefas de vocabulário, memória, atenção e cálculo, e foram solicitados a recordar objetos nomeados anteriormente e soletrar palavras de trás para a frente.

Os voluntários bilingues tiveram pontuações mais altas em linguagem, memória, foco, atenção e tomada de decisão.

No entanto, os investigadores reconhecem que os efeitos positivos sobre a cognição podem ser causados ​​por outro fator, como a idade em que as duas línguas foram codificadas na memória. Para futuros estudos, o grupo espera examinar os benefícios mais amplos do bilinguismo.

Anteriormente, investigadores descobriram que o idioma que uma pessoa fala pode afetar a recuperação de um Acidente Vascular Cerebral (AVC). O artigo sugere que alguém bilingue recupera melhor do que alguém que fala apenas uma língua.

Em paralelo, outro estudo sugere que a língua nativa de uma pessoa pode influenciar diretamente a forma como o cérebro constrói conexões entre as regiões responsáveis por processar informações.

Em 2021, num estudo que procurou desvendar como funciona o cérebro de uma pessoa bilingue, cientistas descobriram que o órgão usa um mecanismo compartilhado não só para combinar palavras de um único idioma, como também para combinar palavras de dois idiomas diferentes.

ZAP // Canaltech

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