Os vendedores, informáticos e trabalhadores de call center são os empregos com mais vagas por preencher.
No final do terceiro trimestre do ano passado, havia cerca 61 626 empregos registados no Ministério do Trabalho de vago, estando a maioria na Área Metropolitana de Lisboa e no Norte do país. O número representa uma subida de 43,9% em relação ao mesmo período de 2021, relata o JN.
Em Lisboa, no Alentejo e no Algarve, o setor com mais empregos livres é “trabalhadores dos serviços pessoais, de proteção e segurança e vendedores”. Já no Norte, no Centro e na Madeira e Ações, procuram-se “trabalhadores qualificados da indústria, construção e artífices”.
A profissão que ficou com mais vagas por preencher foi de vendedor — 11 742 ofertas não tiveram candidatos, o que corresponde a um sexto de todos os empregos vagos.
Seguem-se os especialistas em tecnologias de informação e comunicação, onde se inserem os informáticos, com 5264 ofertas sem trabalhadores. A falta de informáticos deve-se em grande parte à “fuga de cérebros“, com os profissionais a preferir as ofertas internacionais que oferecem melhores salários.
Os profissionais de apoio direto a clientes, que inclui quem trabalha nos call centers, ficam em terceiro, com 4978 ofertas.
Quanto maior é a empresa, maior tende também a ser a dificuldade em preencher as vagas. Nas micro e pequenas e médias empresas, a taxa de empregos sem candidatos é, respetivamente, 1,7% e 2,1%. Nas grandes empresas, o valor sobe para 2,9%.
O Banco de Portugal frisa que as dificuldades em preencher as vagas de emprego qualificado são particularmente notórias “no setor dos serviços”, devido a uma “incompatibilidade entre a procura e a oferta de emprego”.