Terramoto causou ainda fendas no solo que se prolongam por 250 quilómetros.
O sismo que na madrugada de 6 de fevereiro fustigou a Turquia e Síria provocou o movimento do solo da região em cerca de seis metros, assim como fraturas no solo que se prolongam por 250 quilómetros. Os números constam de uma análise feita por investigadores do Centro Aerespacial Alemão, que se basearam em imagens do satélite europeu Sentinel-1.
De acordo com as imagens divulgadas, uma fenda mais significativa resultou do abalo principal, precisamente o da madrugada de 6 de fevereiro, ao passo que a segunda, localizada a norte da primeira, foi causada pela forte réplica que se sentiu durante a manhã seguinte.
Segundo a Europa Press, as duas regiões situam-se, em termos geológicos, na Falha de Oriental de Anatólia, onde confluem as placas de Anatólia e da Arábia. A presença dos dois elementos cria tensões na crosta terrestre, as quais se libertam durante os terramotos. O resultado é bem visível nas imagens captadas com precisão pelos satélites, sobretudo ao comparar as versões de 29 de janeiro e 10 de fevereiro.
Tal como lembra a mesma fonte, o satélite-radar Sentinel-1 integra a frota de satélites Sentinel do programa europeu Copérnio de observação terrestre. O radar detém uma abertura sintética (SAR) transmite sinais para a superfície terrestre e utiliza as reflexões para originar imagens durante o dia ou a noite, independentemente das condições meteorológicas.
Na semana que se seguiu ao sismo, dois investigadores do Instituto de Sistemas de Sensores Óticos do Centro Aeroespacial Alemão deslocaram-se à Turquia para se inteirarem da situação no terreno. No local, um novo Sistema Modular de Câmara Aérea (MACS), instalado num drone que sobrevoou as zonas mais afetadas, enviou imagens aéreas em forma de mapa diretamente ao Sistema de Coordenação e Gestão das Nações Unidos (ICMS).