Prestação da casa dispara até 300 euros em fevereiro

É expectável que os portugueses ocorram aos bancos para renegociar os seus créditos em função da atualização dos valores.

O mês de fevereiro trará aumentos na prestação da casa que, para alguns portugueses, poderão chegar perto dos 300 anos — no caso dos contratos que venham a ser revistos. O aumento coincide com uma altura em que as famílias começam a deparar-se com o aumento acelerado das taxas Euribor, que aconteceu na segunda metade do ano passado.

Tal como destaca o Eco, as taxas de juro que servem de base ao cálculo da prestação do crédito à habitação não têm dado sinais de abrandamento no início de 2023, depois de uma subida significativa no segundo semestre de 2022.

Em Portugal, mais 90% dos 1,3 milhões de contratos têm taxa variável, o que deixa os portugueses especialmente vulneráveis ao agravamento dos juros. No entanto, com a subida das taxas Euribor, as consequências só agora começam a chegar às famílias, numa altura em que o custo de vida também se agrava.

Ao passo que a média mensal da Euribor a 12 meses era negativa há um ano, agora está acima dos 3,3%. No prazo a seis meses, a média mensal do indexante subiu dos  0,8% em agosto para os 2,8% este mês.

De acordo com a mesma fonte, até agora, os bancos falam num cenário de “normalidade” em relação aos pedidos de renegociação dos créditos. Por exemplo, o presidente da Caixa Geral de Depósitos (CGD) adiantou na semana passada que entre mil a duas mil famílias terão pedido para aliviar a prestação da casa como consequência do agravamento da despesa com o crédito da casa.

No entanto, estes números poderão aumentar num futuro próximo, devido ao aumento ainda maior que das taxas Euribor que só agora se fará sentir.

ZAP //

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