Foi enterrado como vampiro há mais de 200 anos. A sua cara foi agora reconstruída

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Parabon Nanolabs / Virginia Commonwealth University

Um homem acusado de ser um vampiro, enterrado nos Estados Unidos durante o século XVIII, tem agora a sua cara reconstruída graças ao trabalho de uma equipa de investigadores.

Os vampiros dispensam apresentações. Estes seres mitológicos, ou folclóricos, estão entranhados na cultura pop, sendo protagonistas de diversos filmes e séries. Dificilmente terão sido seres reais, embora na época muitos acreditassem que existiam— acusando mesmo pessoas de serem vampiros.

É esse o caso de um homem nos Estados Unidos, que no século XVIII foi enterrado em Griswold, Connecticut, com os ossos do fémur dispostos de forma cruzada – uma forma usada pelos locais para indicar que se tratava de um vampiro.

Mais de 200 anos depois, escreve a Live Science, evidências de ADN estão a revelar detalhes deste misterioso homem. Nada tema: a análise dos investigadores revelou que tinha ADN humano.

A equipa de cientistas concluiu que, na altura da morte, o homem — conhecido como JB55 — tinha cerca de 55 anos de idade e sofria de tuberculose.

Através de um software de reconstrução facial em 3D, um artista forense determinou que JB55 provavelmente tinha pele clara, olhos castanhos ou avelã, cabelos castanhos ou pretos e algumas sardas.

Parabon Nanolabs / Virginia Commonwealth University

Reconstrução em 3D do rosto do homem acusado de ser um vampiro.

Com base no posicionamento dos ossos, os investigadores suspeitam o corpo foi desenterrado e novamente enterrado. Esta era uma prática comum associada à crença de que alguém era um vampiro.

Os habitantes locais removeram os ossos do fémur e cruzaram-nos sobre o peito. “Desta forma, eles não seriam capazes de andar por aí a atacar os vivos”, explicou a coautora Ellen Greytak, em declarações à Live Science.

Os cientistas encontraram sérias dificuldades ao fazer a reconstrução facial de JB55. Trabalhar com ossos com mais de dois séculos não é propriamente fácil.

Os investigadores tiveram ainda de extrair o ADN de um indivíduo enterrado nas proximidades que se acreditava ser um parente de JB55. Para piorar ainda mais a sua situação, estas amostras também estavam em péssimas condições.

Ainda assim, Greytak e companhia conseguiram determinar que os dois homens “eram parentes em terceiro grau, ou primos em primeiro grau”.

Daniel Costa, ZAP //

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1 Comment

  1. A expressão parentes em terceiro grau está correcta mas a expressão primos em primeiro grau (ou em qualquer grau) não existe. Provavelmente seriam primos direitos ou primos-irmãos, ou seja, eram filhos de irmãos. Os graus de parentesco são linhas de determinam a distância entre pessoas da mesma família. Hoje em dia é particularmente importante para determinar os herdeiros de uma pessoa que não tenha descendencia directa. No caso das figuras desta notícia, primos são parentes em quarto grau: pai (primeiro grau), avô (segundo grau), tio (terceiro grau) e primo (quarto grau). Portanto, para serem parentes em terceiro grau teriam que ser tio/sobrinho.

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