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Cientistas descobrem de que forma nascem as riscas brancas do peixe-palhaço

Mr. George1 / Flickr

Peixe-palhaço

O peixe-palhaço é um dos peixes mais conhecidos e acarinhado por várias gerações, graças ao filme “À procura de Nemo”. Contudo, ao contrário do que se possa pensar, este peixe não nasce com as famosas riscas brancas.

Um novo estudo do Centro de Pesquisa Insular e Observatório Ambiental (CRIOBE) , investigou como e quando nascem estas riscas na espécie, escreve a CNN.

Os investigadores chegaram à conclusão de que a velocidade com que estas se formam depende da espécie de anémona em que o peixe vive, e que as hormonas produzidas pela tiroide influenciam a rapidez com que aparecem.

Os dados indicam também que os peixes juvenis que viviam na anémona-gigante – Stichodactyla gigantea – desenvolveram as suas riscas mais rapidamente do que os que viviam na anémona-do-mar – Heteractis magnifica.

Esta diferença deve-se ao facto de na primeira espécie de anémona os níveis de hormonas da tiroide serem superiores, graças a um gene chamado duox.

Apesar da equipa não ter ainda uma certeza, considera que a diferença pode estar no facto da anémona-gigante ser mais tóxica, o que pode provocar maiores níveis de atividade das hormonas devido ao stress.

O peixe-palhaço vive em anémonas, nos recifes de coral desde o momento em que é uma larva, até se dar a sua metamorfose e se transformar num peixe.

“A metamorfose é um processo importante para o peixe-palhaço pois muda a sua aparência e também o ambiente em que vive, porque as larvas do peixe-palhaço deixam a vida no oceano aberto e instalam-se no recife”, afirma Vincent Laudet, um dos autores do estudo.

O cientista refere ainda que “entender como a metamorfose muda dependendo da anémona do mar hospedeira pode ajudar-nos a responder a perguntas não só sobre como eles se adaptam a esses ambientes diferentes, mas também como podem ser afetados por outras pressões ambientais, como as alterações climáticas”, remata.

O estudo foi publicado pela Proceedings of The National Academy of Sciences

Ana Isabel Moura, ZAP //

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