O piloto que fez manobras acrobáticas perigosas em Santa Maria da Feira, com um helicóptero da Protecção Civil, foi suspenso e alvo de um inquérito disciplinar, numa altura em que se descobre que foi tudo por uma promessa feita ao filho.
O incidente ocorreu no sábado passado, em Santa Maria da Feira, quando o piloto sobrevoou os campos de formação do Clube Desportivo Feirense, fazendo diversas manobras perigosas com o helicóptero ligeiro do Estado.
O Correio da Manhã noticiou que as manobras acrobáticas realizadas pelo piloto “provocaram o pânico” no complexo desportivo onde se encontravam, na altura, cerca de mil pessoas.
Rui Tavares testemunhou o episódio e relata no seu perfil do Facebook que viveu uma “das situações mais perigosas de toda a vida”.
“Aquilo que parecia uma aterragem de emergência, rapidamente se percebeu ser uma brincadeira de muito mau gosto, que pôs em pânico pessoas, atletas e dirigentes do clube”, conta o utilizador, que divulgou um vídeo que mostra algumas das acrobacias realizadas pelo piloto.
Uma promessa do piloto ao filho de 10 anos
Há quem diga que antes destas imagens captadas por Rui Tavares, o helicóptero fez manobras muito mais perigosas.
O Jornal de Notícias fala em “dois voos rasantes, com manobras arriscadas”, realçando que foram “uma promessa do piloto ao filho, de dez anos, que joga num dos escalões de formação do Sãojoanense”.
De acordo com este diário, o piloto “comprometeu-se com o filho que, durante a partida de futebol do pequeno, no sábado de manhã, iria rasar um dos quatro campo de jogos do complexo e surpreender os colegas da equipa”.
Rui Tavares conta ao Correio da Manhã que “o aparelho sobrevoou todo o perímetro do recinto, fez voos rasantes aos postes de iluminação e imobilizou-se a pouca altura num campo onde estavam cinco crianças a jogar à bola”.
A ANPC pediu um esclarecimento à Heliportugal, a empresa responsável pela operação e manutenção da aeronave que respondeu com a suspensão do piloto de todas as operações de voo.
O piloto já abandonou o Centro de Meios Aéreos onde desempenhava funções, tendo sido substituído por outro, conforme apurou a agência Lusa. A Protecção Civil revela ainda que a Heliportugal instaurou também um inquérito de natureza disciplinar ao piloto.
ZAP // Lusa
O tipo provou que é bom piloto e domina a máquina, e quando precisamos de mais como ele, leva com um processo disciplinar. Enfim……
Ainda bem. Isso custa dinheiro aos contribuintes.
Fantástico como as pessoas de indignam com uma ninharia, já ter políticos a gamar a força toda!!… Naaa deixa estar, isso pode!!! Ao menos este como pai, e embora não esteja correcto, fez algo prometeu ao filho.
Eu prometi ao meu filho que o ia mandar aqui para o carvalho. E acabei de mandar. Está feito.
Paulo Maia Prometeu azares, não o devia ter feito.
Paulo, perdeu uma belíssima oportunidade para estar calado…
pelas imagens foram manobras Perigosissimas….!!!!
que noticia sensionalista
Ai mas que máximo, o papá a mostrar ao filhinho como ser irresponsável nesta vida, adorei!
já foi suspenso e movido um processo.
Acho piada aos comentários do “perigoso”. No Red Bull Air Race estão milhares de pessoas por baixo de aviões a fazer manobras bem mais perigosas do que estas e ninguém comenta que é “perigoso”… na estrada andam praticamente todos acima das velocidades permitidas e não acham “perigoso”… passam aviões todos os dias muito baixo sobre estradas e pessoas para aterrarem nos aeroportos e não acham “perigoso”… se este piloto fizesse estas manobras quando as vossas casas estivessem em chamas, de certeza que não achavam “perigoso”. O perigo está sempre presente nas nossas vidas. Deixem-se de “tretas”… preocupem-se e discutam coisas bem mais importantes…
Não foi muito esperto da parte dele, fazer o voo com uma aeronave paga com dinheiro público. De resto, tendo em conta as manobras, de risco reduzido, estou de acordo consigo.
Há neste momento muitos fundamentalistas que o que fazem é “matar” quem quer que seja que não perfile pela norma.
Em acção no combate a incêndios é que se vê se o calibre dos homens, quando se desce o morro com uma carga de água ou retardante, para um ambiente a temperaturas muito elevadas e pobre em oxigénio, sabendo que se a carga não sai e algo corre mal (falha de motor, por exemplo) só há um caminho e não é para cima. Sei do que estou a falar. Já lá andei.
Nessa altura é que se vê quem efectivamente vai ao ponto crucial, desce à altura em que a descarga é efectiva.
Um piloto de combate a incêndios, a fazer duas manobras com um helicóptero bimotor vazio, representa risco quase nulo.
O fundamentalismo vale o que vale.
Não me é difícil aceitar que o piloto abusou e deve ser repreendido ou até multado de acordo com o código a que obedece.
O que não aceito é que suspendam alguém que provou ter capacidades (e “respectivos”) para fácilmente dominar este equipamento quando forem necessárias este tipo de manobras.
Confesso-me absolutamente ignorante mas a ideia que fui adquirindo é que é extremamente difícil pilotar devidamente uma máquina destas.
São destes homems que precisamos, e espero que seja muito bem pago para superar rápidamente o prejuízo que lhe possa ter dado esta “surpresa” ao filho e nos possa auxiliar quando chegar a hora (que vai chegar) dele ser útil.
Deixem-se de mehdinhas…