Seis anos depois das recomendações contra a corrupção de políticos, procuradores e juízes, Portugal continua a não cumprir a maioria delas.
Um relatório do Grupo de Estados Contra a Corrupção (GRECO) tornado público em 2016 resultou em 15 recomendações para evitar a corrupção de políticos, procuradores e juízes.
Das 15 recomendações feitas por este organismo europeu, apenas três foram implementadas satisfatoriamente, enquanto dez permanecem apenas parcialmente implementadas e duas não foram sequer postas em prática.
“Portugal fez apenas pequenos progressos em relação ao cumprimento das recomendações consideradas não implementadas ou parcialmente implementadas”, conclui o relatório citado pelo Observador.Face ao incumprimento da maioria das recomendações, o GRECO conclui que o atual nível de cumprimento das recomendações é “globalmente insatisfatório”.
Entre as recomendações não cumpridas, estão, por exemplo, o facto de o Conselho Superior continuar a não ter metade dos juízes escolhidos pelos seus pares; os processos disciplinares manterem-se longe do olhar público; e haver procuradores sem avaliação de desempenho há oito anos.