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Suíça 1-1 Espanha (1-3 GP) | Sommer não merecia tamanha aselhice

Anton Vaganov / EPA

A Espanha qualificou-se hoje para as meias-finais do Euro2020 de futebol, ao vencer a Suíça por 3-1, no desempate por grandes penalidades, após 1-1 nos 120 minutos, no primeiro jogo dos ‘quartos’, em São Petersburgo, na Rússia.

No tempo regulamentar, os espanhóis adiantaram-se aos oito minutos, com um autogolo de Denis Zakaria, com a Suíça a empatar aos 68, por Xherdan Shaqiri, e a ficar reduzida a 10 a partir dos 77, por expulsão de Remo Freuler.

Nas meias-finais, no Estádio da Wembley, em Londres, na terça-feira, a Espanha, vencedora da prova em 1964, 2008 e 2012, vai defrontar o vencedor do embate de hoje entre Bélgica e Itália, campeã europeia em 1968.

“Roja” de posse e de passe

Contraste claro entre dois estilos no primeiro tempo: os suíços apresentaram-se mais explosivos e de processos mais simples tendo em vista a baliza contrária, enquanto que os espanhóis privilegiaram o tão habitual jogo de posse e ataque organizado onde só se faz mira ao alvo pela certa.

Os helvéticos fizeram mais remates (quatro contra três), tiveram mais acções na área adversária (cinco para quatro) e acções defensivas no meio-campo adversário (oito para seis) e até ganharam nos cantos (quatro contra três), mas foi a “Roja” a única a enquadrar remates (dois) e a dominar na posse de bola (68%).

A Suíça surgiu com a mesma atitude para o segundo tempo, mas trouxe também o que não tinha tido anteriormente: pontaria. Fez os mesmos quatro remates da primeira parte mas enquadrou dois, com Shaqiri a facturar num deles, recuando depois de forma natural até devido à expulsão do “assistente” Freuler; a “Roja” carregou a partir daí, passando para a frente em remates e acções na área adversária e mantendo 62% de posse de bola, mas sem resultados práticos.

A tendência do fim do segundo tempo acentuou-se ainda mais no prolongamento, com Espanha a fazer 18 remates e 32 acções na área adversária, aumentando ainda mais a posse de bola (acabou nos 71%)… mas sem resultados práticos. Seria preciso esperar até às grandes penalidades para ver “nuestros hermanos” sorrirem no que foi o primeiro desempate de sempre na prova onde se falharam cinco pontapés.

Melhor em Campo

Exibição inacreditável do guarda-redes suíço, autor de dez defesas – nove delas a remates efectuados dentro da grande área helvética, na maioria já no prolongamento.

Deteve ainda também a grande penalidade cobrada por Rodri e, num indicador demonstrativo da sua capacidade de reposição da bola em jogo, registou sete passes aproximativos (registo máximo entre os comandados de Vladimir Petkovic). Europeu incrível para o guardião do Borussia Monchengladbach, que terminou com um estrondoso GoalPoint Rating de 9.0.

Destaques da Suíça:

Xherdan Shaqiri 7.4 – A estrela suíça só precisou de dois remates para apontar o terceiro golo na prova, tornando-se no helvético com mais golos de sempre em fases finais: sete. Registou ainda três passes para finalização e eficácia total no drible (dois, ambos com sucesso), mas também quatro recuperações de posse, um desarme e duas intercepções.

Ricardo Rodríguez 6.3 – O lateral-esquerdo do Torino redimiu-se do penálti falhado frente à França com quatro acções defensivas no meio-campo adversário, nove desarmes e dois bloqueios de remate.

Nico Elvedi 5.9 – O central do Borussia Monchengladbach foi o rei dos alívios: 13, a que juntou mais dois bloqueios de remate e igual número de desarmes, bem como cinco recuperações de posse.

Destaques da Espanha:

Jordi Alba 6.9 – O autor do remate que acabou em autogolo de Zakaria, foi o mais rematador de fora da área (duas tentativas), destacando-se como sempre no apoio ao ataque com dez passes valiosos e quatro para finalização e uma ocasião flagrante criada.

Pedri 6.9 – O prodígio do Barcelona somou 18 passes valiosos, cinco dos quais para finalização, e quatro conduções aproximativas, mas deu nas vistas também em termos defensivos: sete acções defensivas no meio-campo adversário, cinco desarmes, duas intercepções e seis bloqueios de passe.

Sergio Busquets 6.6 – O pêndulo do meio-campo espanhol totalizou oito passes valiosos e seis aproximativos, além de dez recuperações de posse e quatro duelos aéreos defensivos ganhos, mas também cinco acções defensivas no meio-campo adversário e três intercepções.

Resumo

ZAP // Lusa / GoalPoint

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