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No futuro, uma lei pode fazer com que o automóvel confirme se o condutor está sóbrio

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No futuro, é provável que tenha de provar ao seu automóvel que está completamente sóbrio antes de o veículo lhe dar permissão para conduzir.

Um novo projeto de lei, em debate no Congresso dos Estados Unidos, propõe que os automóveis, construídos de 2027 em diante, tenham um sistema capaz de detetar se o condutor está em condições de conduzir o veículo.

Apesar de a ideia ser atraente, uma vez que a indústria automóvel passaria a ter um papel ativo na prevenção e segurança rodoviárias, a Motherboard destaca que há também alguns motivos para manter o ceticismo em relação à tecnologia de deteção de álcool atualmente em desenvolvimento.

O projeto de lei não se refere a nenhum programa ou tecnologia em particular, mas a Motherboard diz que parece implicar a adoção futura de uma tecnologia que está atualmente em desenvolvimento pelo Driver Alcohol Detection System for Safety Program (DADSS).

O DADSS está a trabalhar em dois sistemas passivos destinados a apanhar motoristas embriagados em flagrante: enquanto um monitoriza o ar do interior de um carro em busca de cheiros de álcool, o outro mede os níveis de álcool no sangue através da pele do motorista quando este pressiona o botão do motor do carro.

Acontece que, atualmente, o sensor do DADSS parece operar numa base de tudo ou nada: deteta a presença ou ausência de álcool em vez de ser capaz de determinar com precisão se a concentração de álcool no sangue do motorista está acima do limite legal.

Há também dúvidas sobre a privacidade de dados. A organização afirma, contudo, estar a trabalhar em futuras atualizações que tornarão a tecnologia mais precisa e menos intrusiva.

Em 2019, mais de 10 mil pessoas morreram em acidentes rodoviários causados por pessoas embriagadas nos Estados Unidos.

ZAP //

1 Comment

  1. Enquanto a condução 100% autónoma não for uma realidade, esta é uma boa solução para a diminuição da sinistralidade rodoviária e consequente aumento da segurança para todos. A sua adopção, ontem, já era tarde.
    Quanto aos problemas da privacidade, se os dados referentes à verificação da situação do condutor não sairem do sistema daquele automóvel em concreto, numa primeira análise não vislumbro especiais problemas. Na verdade, e sem ter realizado a necessária reflexão quanto a esta questão, parece-me que esses problemas da privacidade só se colocarão a quem estiver a pensar em contornar o sistema. Quanto aos demais, creio que se aplica a máxima, quem não deve, não teme…

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