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Inês de Medeiros coliga-se com o PSD em Almada

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António Pedro Santos / Lusa

Inês Medeiros, Almada

Inês de Medeiros foi a maior surpresa da noite das autárquicas, ao conquistar, pelo PS, uma autarquia que há anos “pertencia” ao PCP. Agora, volta a surpreender os cidadãos da cidade coligando-se com o PSD e deixando, pela primeira vez, o PCP sem pelouros.

Desde o 25 de abril, esta é a maior mudança política que a Câmara Municipal de Almada enfrenta. Os socialistas ganharam as eleições de 1 de outubro aos comunistas numa câmara que, por defeito, era sua e agora vão governar o município em coligação com os sociais-democratas.

Com uma diferença de 313 votos, Inês Medeiros lidera a câmara com quatro eleitos, os mesmos que o PCP. O PSD, por sua vez, conquistou dois mandatos e o Bloco de Esquerda um. Assim, Inês decidiu coligar-se com o PSD, de forma a garantir a estabilidade governativa.

A presidente da câmara justificou a sua decisão, alegando que o diálogo que manteve nas últimas semanas só foi frutífero com o PSD. “Nós oferecemos pelouros a todos os vereadores, pelouros que achámos significativos. Fomos mantendo a negociação com as três forças políticas”, disse ao Público.

Assim, é o PSD que assume as restantes responsabilidades governativas. Miguel Salvado integra a administração dos Serviços Municipalizados de Água e Saneamento (SMAS), de que Inês de Medeiros vai ser presidente, e fica ainda responsável pelas redes viárias. Nuno Matias fica com a pasta dos espaços verdes e estratégia ambiente, porque “houve a preocupação desde o início de atribuir pelouros em função da mais-valia que podia trazer cada um dos vereadores”.

O Bloco de Esquerda, que elegeu Joana Mortágua, emitiu um comunicado na segunda-feira a explicar que não assume pelouros porque a coligação com o PS não permitiria “determinar a formação de uma maioria transformadora à esquerda”. Apesar disso, diz Inês de Medeiros, o partido mostrou-se disponível para acordos pontuais nos próximos quatro anos.

No mesmo dia, também o PCP se pronunciou, igualmente através de comunicado, explicando que enviara “uma proposta de distribuição de pelouros” a Inês de Medeiros, tendo por base no historial da autarquia, mas a autarca não terá respondido.

De acordo com o Observador, a cerimónia da tomada de posse, que aconteceu no último sábado no Teatro Joaquim Benite, ficou marcada por ruído e contestação, especialmente do lado comunista, quando a socialista dedicou a vitória a Mário Soares. “Dediquei a vitória a Mário Soares porque, para mim, é uma referência daquilo que é o processo democrático, independentemente do sítio onde estou. Barulho havia dos dois lados, do PS e do PCP”.

Na mesma cerimónia, Inês de Medeiros disse que “ao confiarem na mudança, ao fim de 41 anos de poder inalterável, os almadenses deram um grande sinal de maturidade democrática”, mas assegurou que “a alternância não significa ruptura“. Ainda assim, prometeu “uma nova atitude na governação da câmara” que transforme Almada numa “terra de oportunidades”.

ZAP //

7 Comments

  1. ines nao e melhor nem pior do que costa e silva lda… afinal a geringonça so nao funciona em almada…porque os comunistas nao querem ate porque o bloco sao marxistas do mesmo saco do pc. espero que o psd nao seja transformado no mau da fita , para as incompetencias e as incongruencias da presidente e do ps.
    afinal os almadenses esperavam ha muito tempo esta mudança… vamos ver se sera desta vez que almada se vai tornar numa autarquia de abril!!!!

  2. A Inês foi muito infeliz em abordar o nome do desaparecido gangster e carrasco de retornados, o tal de má memória e que fique a arder no inferno soares! Tanto é que a assembleia reagiu a esse traidor!
    Espero bem que comece por limpar o musseque que é a Costa da Caparica e faça uma riviera à portuguesa!

    • Só cá faltava o comentário sempre abjecto e cínico dos carrascos dos jovens militares portugueses que lhe faziam a segurança para que vivessem nos musseques como se fossem rivieras utilizando os donos como escravos. O Dr. Soares devia ter prolongado a descolonização até que não restasse um. pacóvio obtuso. quantos mais jovens portugueses teriam que morrer p’ra esta canalha se satisfazer.

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