Grávida morta a tiro por polícia durante a entrega de pernil na Venezuela

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Miguel Gutiérrez / EPA

O polícia suspeito de matar com um tiro uma mulher grávida na Venezuela, durante a distribuição dos tradicionais pernis de porco de Natal oferecidos pelo Governo, foi detido e vai ser acusado de homicídio.

O procurador-geral da República adiantou que o polícia da Guarda Nacional Bolivariana (GNB), que deverá também ser acusado “de uso indevido de arma e simulação de ato punível”, vai ficar detido temporariamente no comando da polícia nacional até se realizar a audiência.

Uma mulher grávida de 25 semanas morreu, no domingo, na zona oeste de Caracas, com um tipo disparado pelo polícia da GNB durante uma entrega de pernis de porco subsidiados pelo Estado venezuelano, segundo o relatório da polícia, citado pela agência espanhola EFE.

O documento refere que a jovem integrava um grupo de pessoas que estava “à espera dos benefícios sociais (pernis) concedidos pelo governo” e, de acordo com a polícia, a situação tornou-se violenta.

Nesse momento, “uma das autoridades militares, fazendo uso indevido da sua arma efetuou disparos contra a multidão, ferindo a vítima, que foi levada para o hospital mais próximo onde chegou sem sinais vitais”.

Cerca de 20 camiões carregados de pernis de porco entraram no domingo na Venezuela provenientes da Colômbia para entregar o produto que o Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, prometeu distribuir aos cidadãos na época natalícia, mas que não chegou a muitas zonas do país.

Maduro chegou a acusar o Governo português de sabotagem, por causa da não entrega de uma carga de pernil de porco proveniente de Portugal, uma acusação refutada por Lisboa.

Nos últimos dias sucederam-se vários protestos em zonas humildes de distintos pontos do país devido à falta do pernil de porco natalício prometido por Maduro a seis milhões de famílias beneficiárias da iniciativa.

// Lusa

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