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El Salvador tornou-se o primeiro país a reconhecer a Bitcoin como moeda legal

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Esta terça-feira, El Salvador tornou-se o primeiro país do mundo a reconhecer a criptomoeda Bitcoin como moeda legal.

Em junho, a Assembleia Legislativa de El Salvador aprovou a chamada Lei Bitcoin, que reconhece esta criptomoeda como uma moeda legal. Tornou-se o primeiro país do mundo a fazê-lo e, esta terça-feira, a legislação entrou finalmente em vigor.

Na véspera, o Presidente deste país da América Central, Nayib Bukele, anunciou que o Estado tinha comprado algumas Bitcoins, ficando com um total de 550, para se preparar para o que chamou de “Bitcoin Day”.

“Amanhã, pela primeira vez na história, todos os olhos estarão postos em El Salvador. A Bitcoin conseguiu isso”, tinha também afirmado o chefe de Estado num comunicado.

Agora, além de os salvadorenhos poderem pagar os seus impostos com esta famosa criptomoeda, todos os “agentes económicos” do país terão de a aceitar como forma de pagamento.

A população também terá a possibilidade de a converter em dinheiro de forma imediata, através de uma plataforma criada pelo Governo chamada Chivo Wallet. Para incentivar o download da sua aplicação, estão a ser dados 30 dólares em Bitcoin aos novos utilizadores.

Bitcoin afunda

No dia D, conta a CNN, a verdade é que a Bitcoin afundou mais de 10% por breves momentos. Segundo analistas financeiros, foi o chamado efeito “buy the rumor, sell the news” (“compra o rumor, vende as notícias”).

A medida de Bukele, populista de direita que chegou ao poder em 2019, tem recebido algumas críticas não só em El Salvador, mas também no contexto internacional.

“O país precisa de um sistema monetário estável e de um sistema de pagamentos eficiente”, disse à estação norte-americana Will Cong, professor de Finanças da Universidade Cornell, nos Estados Unidos.

O dólar americano ainda é a moeda oficial de El Salvador, que tem cerca de um quarto dos seus cidadãos a viver em território norte-americano. Em 2020, enviaram para o país mais de seis mil milhões de dólares (cerca de 4,9 mil milhões de euros) em remessas.

ZAP //

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