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Direcção do PS insiste nas primárias e na legitimidade total do líder

A presidente do PS, Maria de Belém Roseira

A presidente do PS, Maria de Belém Roseira

O secretário nacional do PS para a Organização, Miguel Laranjeiro, frisou hoje que estão marcadas e aprovadas eleições primárias para 28 de setembro e advertiu que um congresso extraordinário, pelos estatutos, não elege nova liderança.

Miguel Laranjeiro falava aos jornalistas, depois de um grupo de 45 deputados do PS ter subscrito um abaixo-assinado a pedir eleições diretas para a escolha do secretário-geral e um congresso extraordinário.

“O que foi aprovado, quer na Comissão Nacional, quer na Comissão Política do PS, foram eleições primárias para o dia 28 de setembro. Estão marcadas e vão ocorrer, aliás com o voto favorável do dr. António Costa”, reagiu Miguel Laranjeiro.

MiguelLaranjeiro / Facebook

O secretário nacional do PS para a Organização, Miguel Laranjeiro

O secretário nacional do PS para a Organização, Miguel Laranjeiro

Nas suas declarações aos jornalistas, o dirigente socialista disse que o seu partido está agora na fase “do debate de ideias”, tendo em vista o processo de escolha do candidato do PS a primeiro-ministro em eleições primárias abertas a simpatizantes.

“Por isso, até estranho que a candidatura de António Costa tenha recusado debates que as televisões já pediram”, declarou, numa alusão à proposta de linhas gerais de regulamento para as eleições primárias.

Mais de metade da bancada do PS pede congresso e eleições

Confrontado novamente pelos jornalistas com o teor do abaixo-assinado subscrito por 45 deputados, pedindo um congresso extraordinário e eleições diretas, Miguel Laranjeiro contrapôs: “O PS decidiu, através da sua Comissão Política, eleições primárias para a escolha do candidato a primeiro-ministro”.

“É isso que vai acontecer”, repetiu o secretário nacional do PS para as questões de Organização, antes de deixar um recado à bancada socialista.

“A bancada do PS deve estar concentrada na oposição ao Governo, que ainda hoje apresentou aqui no parlamento propostas para aumento de impostos no IVA e na taxa social única”, afirmou.

Já sobre a ideia da corrente de António Costa de defender um congresso extraordinário, Miguel Laranjeiro recorreu aos estatutos do seu partido.

“O cargo de secretário-geral é uninominal, sendo eleito por voto direto dos militantes. Portanto, um congresso ordinário ou extraordinário – sendo extraordinário nem sequer é eletivo -, não elege o secretário-geral, que tem toda a legitimidade no exercício do seu cargo”, defendeu o membro da direção do PS.

/Lusa

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