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Cientistas criaram uma borracha que até rasga (mas conserta-se sozinha)

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Investigadores da Universidade Flinders, na Austrália, desenvolveram um novo tipo de borracha que consegue regenerar sozinha.

A equipa de investigadores da universidade australiana criou um novo tipo de borracha e um catalisador que, em conjunto, podem ser usados para criar objetos flexíveis, autorreparáveis e mais sustentáveis.

A nova borracha, que pode ser utilizada em futuros pneus para automóveis, é feita de resíduos industriais, incluindo enxofre, óleo de canola e diciclopentadieno, um composto usado para fabricar tintas e resinas. De acordo com o New Atlas, o processo de autoconserto é o inverso da vulcanização, que é o processo de fabricação dos pneus.

Quando este material rompe, repara-se sozinho e retorna à sua força original em apenas alguns minutos, graças à ação do catalisador. Esta transformação pode acontecer à temperatura ambiente, dependendo da quantidade de enxofre presente na borracha.

“Este estudo revela um novo conceito no reparo, adesão e reciclagem de borracha sustentável”, explicou o professor Justin Chalker, da Universidade de Flinders, acrescentando que a grande maioria dos plásticos, borrachas e cerâmicas não são recicláveis.

A borracha conserta-se sozinha assim que o catalisador de amina é aplicano na superfície. “A adesão é mais forte do que muitas colas comerciais. Além disso, o polímero é resistente à água e à corrosão”, acrescentou Tom Hasell, da Universidade de Liverpool, na Inglaterra.

Segundo os cientistas, o catalisador usado para desencadear a reação que faz com que a borracha se autorrepare pode ser de amina (compostos derivados do amoníaco) ou fosfina (hidreto de fósforo). O artigo científico com as descobertas foi publicado recentemente na Chemical Science.

Esta nova borracha poderia ser usada em adesivos latentes, impressão 3D, reparação de polímeros e reciclagem. “Estes polímeros contêm uma rede de polissulfeto dinâmico e reativo que cria muitas oportunidades de processamento, montagem e reparo que não são possíveis com plásticos, borrachas e termofixos tradicionais”, rematou a equipa.

ZAP //

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