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Disparam ataques a jornalistas. Bruxelas insta países da UE a aumentar proteção

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Os países da União Europeia (UE) foram instados por Bruxelas a tomar medidas para proteger os jornalistas, após um aumento no número de ataques a membros da imprensa.

A Comissão Europeia exortou os governos a criarem pontos de contacto gratuitos para os profissionais da media ameaçados, garantindo uma resposta rápida por parte das autoridades. Bruxelas pretende ainda que os repórteres vítimas de crimes tenham acesso garantido a aconselhamento jurídico e a abrigo, noticiou esta quinta-feira o Guardian.

A Comissão avançou que, em 2020, 908 desses profissionais foram agredidos em 23 Estados-membros da UE. Apontou igualmente os assassinatos de Daphne Caruana Galizia, de Malta, e Ján Kuciak, da Eslováquia, que investigavam casos de corrupção nos seus países de origem. Este ano, o holandês Peter de Vries foi assassinado em Amesterdão e o grego Giorgos Karaivaz morto a tiros quando ia do trabalho para casa.

No seu discurso anual sobre o “estado da união”, que ocorreu na quarta-feira, a presidente da Comissão, Ursula von der Leyen, avançou que, em 2022, apresentaria uma lei para salvaguardar a independência da imprensa.

Na Hungria, meios de comunicação independentes foram encerrados ou comprados por figuras pró-governo. A Polónia está a debater um projeto de lei para proibir empresas fora do Espaço Económico Europeu de participação maioritária nas emissoras nacionais.

Já a Bulgária é considerada o pior Estado-membro da UE ao nível da liberdade de imprensa, de acordo com os Repórteres Sem Fronteiras (RSF). O Índice Mundial de Liberdade de Imprensa, criado pela organização, revela a situação sombria para a media na Hungria (92.º lugar), Malta (81.º), Grécia (70.º) e Polónia (64.º).

Para a RSF, as recomendações da UE são um “passo na direção certa”, mas alertou sobre a incapacidade ou relutância das autoridades de alguns países em proteger os jornalistas. “Todos os esforços devem ser feitos para garantir que essas recomendações se tornem realidade”, disse Julie Majerczak, representante da organização na UE.

Taísa Pagno //

2 Comments

  1. O ataque aos jornalistas è algo deplorável, mas sinceramente hoje em dia vejo muito poucos jornalistas … menos ainda aqueles que levam a profissão a sério e que se limitam a dar a notícia abstendo-se de comentários de caráter pessoal ou de manipulação tendenciosa.
    Recordo por exemplo o caso dos administradores da TAP em Madrid para contratar uma única posição de responsável de operações em Madrid, em que a notícia foi apresentada num frame de 5 minutos com idea em que no momento em que a TAP despede em quantidades em Portugal, foi para Espanha contratar pessoal e só nos últimos 10 segundos mostram a parte do vídeo em que dizem que foram contratar o novo diretor de operações para Espanha.
    Ou por exemplo esta semana uma manifestação contra as máscaras e certificados na restauração foi noticiada somente com base em 10 bestas que ofenderam o Ferro, fiquei a saber o que disse cada um dos energúmenos, ouvi vários comentadores a falar sobre cada uma das frases ditas por tais elementos e com sinceridade fiquei desiludido que nenhuma televisão tenha chamado um perito na língua portuguesa para comentar tais frases porque estou convencido que algumas tinham mau uso de verbos e tempos…
    O que não sei pelas notícias foi, quem organizou, além de serem contra as máscaras e certificados, que mais reivindicavam, qual era a agenda, quantas pessoas estavam na manifestação, etc …

    Deixar bem claro que sou contra agressão ou falta de respeito sobre seja quem for, seja um jornalistas, o Ferro, o cigano aqui do bairro (pessoa muito simpática e com umas cópias de malas do Luís Vuitton fantásticas) ou do Manuel da talho (por acaso uma pessoa muito desagradável), mas caramba, quem não quer ser lobo não lhe vista a pele.

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