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Vulcão Bardarbunga mantém elevada actividade sísmica

DR Icelandic Met Office / BBC

Bardarbunga, um gigante que acorda

Bardarbunga, um gigante que acorda

O vulcão islandês Bardarbunga, que está a provocar uma situação de alerta no país nórdico devido ao perigo de erupção, mantém uma atividade sísmica alta após 11 dias, informou esta quarta-feira o Departamento Meteorológico da Islândia (IMO).

Cerca de meio milhar de terramotos foram detetados entre a 00h00 TMG (1h da manhã em Lisboa) e 6h30 TMG (07:30 em Lisboa), a maioria com dois a três graus na escala de Richter, mas dois superaram a magnitude de cinco, ao longo da borda do dique do vulcão, que se move em direção ao norte.

Os movimentos sísmicos são interpretados como processos de relaxamento da caldeira do vulcão, situado numa região glaciar, devido a mudanças de pressão do magna e da movimentação do dique.

O IMO registrou também um terramoto de magnitude 4,5 no leste da caldeira do vulcão Askja, vizinho do Bardarbunga, no qual se mediram vários sismo nos últimos dias.

Os especialistas do IMO colocam três cenários como mais prováveis: que pare a deslocação do magma e se reduza progressivamente a atividade; que haja uma erupção na borda do dique vulcânico, para fora do glaciar; ou uma erupção debaixo do glaciar.

O primeiro tipo de erupção ocasionaria, provavelmente, uma grande emissão de lava, mas com produção de cinzas limitada, e o outro tipo provocaria inundações “e talvez atividade explosiva e produção de cinza”.

A retirada de turistas foi ordenada há quase uma semana, como medida preventiva. O Bardarbunga, um dos maiores vulcões na Islândia, não entra em erupção há mais de um século.

Em 2010, a erupção de um outro vulcão islandês, o Eyjafjallajokull, provocou o maior encerramento do espaço aéreo decretado na Europa em tempo de paz. Mais de 100 mil voos foram anulados num mês e mais de oito milhões de passageiros foram afetados. Em maio de 2011, também o vulcão Grimsvotn causou transtornos.

A Islândia tem mais de 100 montanhas vulcânicas, algumas das quais estão entre as mais ativas do mundo.

/Lusa

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