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Viver no espaço reverteu envelhecimento de astronauta Scott Kelly

Scott Kelly / Wikimedia

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O astronauta Scott Kelly

Scott Kelly, que esteve no Espaço durante praticamente um ano, viu mudanças no seu corpo que parecem reverter um dos principais processos de envelhecimento, sugere uma nova investigação.

De acordo com a nova investigação da NASA, o astronauta Scott Kelly, depois de estar quase um ano a viver no Espaço, mostrou algumas mudanças nos processos internos do seu corpo que indicam um retrocesso do envelhecimento, conta o The Independent.

O astronauta, que trabalhou na Estação Espacial Internacional 340 dias entre 2015 e 2016, tem um irmão gémeo, Mark, que também já foi astronauta. Por isso, a equipa da NASA aproveitou para fazer uma experiência e controlar as diferenças no corpo dos dois. Os resultados surpreenderam os investigadores, escreve o jornal britânico.

No caso de Scott, o astronauta tinha os telómeros mais largos do que o seu irmão, mesmo estando todo este tempo a viver no Espaço.

Os telómeros, estruturas dos cromossomas que ajudam na reparação de ADN danificado, ficam mais curtos à medida que as pessoas envelhecem, diminuindo a sua eficácia e aumentando o risco de ter cancro.

Robert Markowitz / NASA

Os astronautas gémeos Mark e Scott Kelly

Os astronautas gémeos Mark e Scott Kelly

“Aconteceu exatamente o oposto do que pensávamos que ia acontecer”, disse a investigadora Susan Bailey à revista Nature. Posteriormente, quando voltou à Terra, os telómeros de Scott começaram outra vez a diminuir, tal como é suposto.

Agora, os cientistas estão a fazer uma nova investigação com dez astronautas para tentar perceber exatamente o que aconteceu. No entanto, não estão seguros de que o “rejuvenescimento” de Scott esteja relacionada com a sua aventura no Espaço.

Os investigadores estão a pôr a hipótese de que esta mudança pode estar apenas relacionada com o facto de o astronauta ter feito mais exercício e até por ter ingerido menos calorias durante a missão espacial.

ZAP // RT

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