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Vice-presidente da Colômbia rejeita Embaixada no Brasil porque o cão não gosta de calor

Casa de América / Flickr

Angelino Garzón, vice-presidente da Colômbia

Angelino Garzón, vice-presidente da Colômbia

O vice-presidente da Colômbia, Angelino Garzón, recusou uma oferta para se tornar o novo embaixador do país no Brasil, alegando que o seu cão, um pastor alemão, não se adaptaria às altas temperaturas de Brasília.

Numa entrevista publicada na revista colombiana SemanaAngelino Garzón afirmou que o clima da capital brasileira prejudicaria a saúde do seu cão.

Após a declaração do vice-presidente, a ministra dos negócios estrangeiros colombiana, María Ángela Holguín, emitiu um pedido de desculpas ao Brasil, o maior parceiro comercial da Colômbia na região.

Holguin descreveu o episódio como “muito constrangedor”.

Garzón escreveu uma carta ao presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, explicando que tinha rejeitado a vaga por razões pessoais e profissionais, mas não mencionou especificamente o caso do seu cachorro.

Holguín, por sua vez, disse estar “triste” e “desapontada” com a atitude do vice-presidente colombiano.

“Quando Garzón mencionou problemas pessoais, esperávamos algo mais sério do que isto. É como se ele não percebesse a importância que o Brasil tem para nós”, disse María Ángela Holguín.

Holguín acrescentou que as “desculpas” só prejudicaram ainda mais a imagem da Colômbia na América Latina e seu papel como um dos principais parceiros comerciais do Brasil.

ABr

O Presidente de Colombia, Juan Manuel Santos, com a sua ministra dos negócios estrangeiros, María Ángela Holguín

O Presidente de Colombia, Juan Manuel Santos, com a sua ministra dos negócios estrangeiros, María Ángela Holguín

‘Cão peludo’

No início deste ano, Garzón, de 67 anos, anunciou que não concorreria à reeleição com o presidente Juan Manuel Santos, no próximo dia 25 de maio.

Em entrevista à revista Semana, revelou que considera candidatar-se a presidente da câmara de Bogotá, a capital do país, ou Cáli.

“No governo local, podemos ter um impacto maior na melhoria da vida das pessoas do que como vice-presidente”, disse Garzón à revista.

Questionado sobre a razão para ter recusado o cargo de embaixador no Brasil, Garzón citou o seu cão.

“Recusei a vaga porque o meu cão, como vê nesta imagem, é muito peludo e o clima quente de Brasília poderia prejudicar a sua saúde”, respondeu o vice colombiano.

Após as críticas, Garzón defendeu a sua decisão e acrescentou, na terceira pessoa: “O cachorro não é propriedade do governo. Onde Angelino Garzón for, o cão vai com ele”, acrescentou.

ZAP / BBC

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