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Universidades colocam professores em part-time para evitar entrada nos quadros

StFX / Wikimedia

Os professores do Ensino Superior Público enfrentam crescentes condições de precariedade, denuncia o Sindicato Nacional do Ensino Superior (SNESup) notando que 31% dos docentes universitários trabalham em part-time e que 43% têm contratos com termo certo.

O Diário de Notícias dá conta deste alerta do SNESup, através do seu vice-presidente Gonçalo Velho, notando que “um terço dos docentes das universidades e politécnicos estão a trabalhar a tempo parcial e 40% têm vínculos precários“.

Gonçalo Velho cita o exemplo de uma doutorada em engenharia, que terá sido contratada como professora convidada para uma instituição de Ensino Público do centro do país, e que quando “chegou ao limite de quatro contratos teve de passar para o regime de tempo parcial, quando devia ter entrado para o quadro”. “Teve um corte de 40% no salário e manteve as responsabilidades, apesar de teoricamente ter um corte de 30% na carga horária”, afiança o sindicalista ao DN.

O SNESup vai dar conta desta precariedade dos vínculos laborais dos docentes na Comissão Parlamentar de Educação, na próxima semana, e depois apresentará uma queixa na Comissão Europeia.

A reclamação já foi subscrita por 300 docentes, apurou o Diário de Notícias, embora existam “cerca de 1.000 professores em condições de entrar para os quadros”, nota Gonçalo Velho.

Esta queixa surge no âmbito da condenação da Estónia, por parte da União Europeia que considerou que este país abusou indevidamente dos contratos a prazo nas suas Universidades.

ZAP

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