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Uma em cada sete pessoas no mundo é migrante, deslocada ou refugiada

Joe Lowry, International Organization for Migration / Flickr

O diretor-geral da Organização Internacional para as Migrações, William Lacy Swing, ibserva a destruição causada pelo furacão Yolanda em Tacloban, nas Filipinas, em 2013

O diretor-geral da Organização Internacional para as Migrações, William Lacy Swing, ibserva a destruição causada pelo furacão Yolanda em Tacloban, nas Filipinas, em 2013

Uma em cada sete pessoas no mundo é migrante, refugiada ou deslocada interna, afirmou hoje em Banguecoque, na Tailândia, o diretor-geral da Organização Internacional para as Migrações, William Lacy Swing.

“Temos mais gente em movimento do que em qualquer outra época da história”, afirmou William Lacy Swing, que participa na sexta-feira, na capital tailandesa, numa conferência sobre migração ilegal no Oceano Índico, em que participam países da região, bem como representantes dos Estados Unidos e da União Europeia (UE).

Segundo o diretor-geral da OIM, há cerca de 250 milhões de migrantes internacionais e 750 milhões de migrantes internos, devido principalmente à explosão demográfica, aos desequilíbrios económicos e aos conflitos.

“No total, temos o maior número de migrantes forçados desde a Segunda Guerra Mundial, segundo estatísticas do ACNUR, Alto-Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados, com cerca de 20 milhões de refugiados e 40 milhões de deslocados internos, num total de 60 milhões”, disse.

Lacy Swing revelou que há uma situação de emergência humanitária sem precedentes desde África até à Ásia devido a conflitos no Sudão do Sul, Iémen, Síria ou Iraque, ou à migração que afeta a fronteira e entre o México e os Estados Unidos, no Mar Vermelho ou no golfo de Bengala.

O diretor-geral da OIM lamentou que a “ausência de liderança política” e “autoridade moral internacional” estejam a alimentar a ideia de que migração é um problema de segurança, sobretudo devido a ataques de ‘jihadistas’, como os mais recentes de Paris, que provocaram 130 mortos e mais de 350 feridos.

O responsável referiu que os países vizinhos da Líbia e da Síria são um exemplo a seguir ao nível do acolhimento de refugiados, que “não são um perigo para a segurança tendo em conta os controlos a que são sujeitos antes de serem admitidos.

Temos de combater este sentimento crescente anti-imigrante, em que se esquece que a historicamente a migração foi indiscutivelmente positiva”, referiu.

Lacy Swing referiu que a migração se converteu num assunto político usado por alguns dirigentes para ganhar votos e destacou que os países ricos do norte precisam de imigrantes como mão de obra.

ZAP / Agência Brasil

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