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Um ano depois, Arctic Sunrise da Greenpeace volta a casa

 

O navio Arctic Sunrise, da organização ambientalista Greenpeace, regressou à Holanda, onde foi calorosamente recebido, quase um ano depois de ter sido apreendido pela Rússia durante um protesto contra a exploração de petróleo no Ártico.

“É ótimo tê-lo de volta”, disse à agência de notícias francesa, AFP, por telefone, o comandante veterano da Greenpeace, Pete Willcox, que dirigia o navio na altura em que aquele foi arrestado.

“Sentimos a falta de um elemento importante da nossa família por muitos meses”, frisou.

Dezenas de apoiantes da organização, muitos deles agitando as bandeiras das cores do arco-íris da Greenpeace e cartazes onde se lia “Bem-vindo a Casa“, aplaudiram o navio quando este atracou num cais de Amesterdão.

Comandos russos apreenderam o Arctic Sunrise, de pavilhão holandês, em setembro de 2013, e detiveram 30 ativistas da Greenpeace e jornalistas, após um protesto numa plataforma de extração de petróleo pertencente ao gigante petrolífero estatal russo Gazprom.

A Rússia libertou o navio em junho deste ano e depois foi necessário cerca de um mês para prepará-lo para navegar novamente e fazer a viagem de regresso à Holanda, tendo a organização ecologista afirmado que o equipamento, incluindo instrumentos de navegação e comunicação, “desapareceu ou ficou gravemente danificado”.

Os ativistas, entre os quais quatro russos, foram detidos depois de dois manifestantes terem tentado subir à plataforma Prirazlomnaya, que os ambientalistas diziam representar uma ameaça à primitiva vegetação do Ártico.

Inicialmente enfrentando uma acusação de pirataria, os chamados “30 do Arctic” foram, depois, alvo de acusações de vandalismo, menos graves.

Permaneceram detidos durante cerca de dois meses antes de serem libertados sob fiança e, em seguida, terem beneficiado de uma amnistia apoiada pelo Kremlin.

A Greenpeace vai processar a Rússia no Tribunal Europeu dos Direitos Humanos por aquilo que considera ter sido uma detenção ilegal dos seus ativistas, argumentando que foi uma violação ao seu direito de liberdade de expressão.

/Lusa

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