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Último eclipse solar do ano é este domingo

Abby182000 / wikimedia

foto: Abby182000 / wikimedia

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O último eclipse solar do ano ocorre no domingo, sendo parcial na maior parte do mundo, incluindo Portugal, onde será de magnitude muito pequena, e total na África Equatorial, informou o Observatório Astronómico de Lisboa (OAL).

O fenómeno apenas deve ser observado através de telescópios com filtros especiais. A observação direta pode provocar lesões oculares.

Em Portugal, como no resto do mundo, com exceção de África, apenas uma parte do Sol é ocultada pelo disco lunar, como se a Lua desse uma “dentada” no Sol, e, por isso, o eclipse é parcial.

No domingo, o céu parcialmente nublado, com “abertas”, em Portugal, previsto pela meteorologia, não impede a observação do eclipse ao fim da manhã, período em que o fenómeno pode ser visto no país, ainda que com muito pouca amplitude, de acordo com o Observatório Astronómico de Lisboa.

Tanto o OAL como o Planetário do Porto, o Centro Ciência Viva de Constância e o Observatório Geofísico e Astronómico da Universidade de Coimbra promovem, se o tempo ajudar, sessões gratuitas de observação com telescópios.

Segundo informação disponibilizada pelo Observatório Astronómico de Lisboa no seu portal, o eclipse parcial atinge no continente o seu pico perto das 12:30, mas somente com 02% a 05% do Sol a estar tapado pela Lua nas regiões Norte e Centro e 05% a 08% nas regiões de Lisboa e Vale do Tejo, Alentejo e Algarve.

No território continental, o fenómeno inicia-se depois das 11:30 e termina pouco depois das 13:00.

O eclipse será um pouco maior nos arquipélagos da Madeira e dos Açores, com a ocultação do Sol a rondar os 21% a 23% e a durar duas horas, mais meia hora face ao continente. Na Madeira, a maior fase do eclipse ocorrerá ao meio-dia e nos Açores perto das 11:00 (hora local).

Nas ilhas o fenómeno começa cerca das 10:00 (Açores)/11:00 (Madeira) e acaba perto das 12:00(Açores)/13:17 (Madeira).

Um eclipse solar como o de domingo é considerado raro, e designado híbrido, porque, além de poder ser total ou parcial, também pode ser anular.

“Isto deve-se ao facto de a sombra projetada na superfície terrestre se aproximar da Lua à medida que o eclipse percorre a curvatura da Terra”, esclareceu à agência Lusa o diretor do Departamento de Mediação Científica do Centro de Astronomia e Astrofísica da Universidade de Lisboa, João Retrê.

Na África Equatorial, o fenómeno começa por ser anular (todo o disco da Lua encontra-se em frente ao disco do Sol, deixando à vista um anel de luz) para depois se tornar, nalguns pontos, total (o Sol está totalmente tapado pela Lua).

Em São Tomé e Príncipe, mais de 90% do Sol estará tapado e, em Cabo Verde, sobretudo nas ilhas a sul (Brava, Fogo, Santiago e Maio), a ocultação será mais de 80%, de acordo com a página na Internet do Centro Ciência Viva de Constância.

Um eclipse solar ocorre quando a Lua passa diretamente entre a Terra e o Sol. A órbita da Lua em redor da Terra é elíptica, pelo que a distância face ao “planeta azul” varia constantemente.

João Retrê explicou que o eclipse solar anular ocorre “se a Lua se encontrar num ponto da sua órbita mais distante da Terra e o seu diâmetro aparente será inferior ao do Sol, não cobrindo todo o seu disco”, sendo possível “observar um pequeno anel de luz em torno da silhueta escura da Lua”.

Em contrapartida, o eclipse solar será total se “a Lua se encontrar num ponto da sua órbita mais perto da Terra”, sendo que “a sua silhueta pode cobrir todo o disco solar”.

/Lusa

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