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Ucrânia diz que opositor assassinado ia revelar provas da intervenção militar russa

tvoe / Flickr

Homenagem popular a Boris Nemtsov no local em que foi assassinado, junto ao Kremlin

Homenagem popular a Boris Nemtsov no local em que foi assassinado, junto ao Kremlin

O presidente ucraniano, Petro Poroshenko, afirmou este sábado que Boris Nemtsov, opositor do regime do Kremlin, que foi assassinado na sexta-feira, lhe tinha dito recentemente que planeava tornar públicas provas convincentes da ingerência militar russa na Ucrânia.

“Há umas semanas falámos sobre como edificar as relações entre a Ucrânia e a Rússia, da forma como gostaríamos que fossem. Boris disse-me que ia revelar publicamente provas convincentes da participação das forças armadas russas na Ucrânia”, afirmou Petro Poroshenko à comunicação social ucraniana.

Segundo o chefe de Estado da Ucrânia, “alguém” tinha muito medo de que isso acontecesse.

“Boris não tinha medo. Os executores tinham medo e por isso o mataram”, realçou.

Poroshenko destacou que Boris Nemtsov era “um grande amigo da Ucrânia e um grande patriota da Rússia”, uma pessoa que “fazia a ponte” entre os dois Estados.

“Este domingo ele ia encabeçar uma marcha de grandes dimensões em Moscovo para demonstrar que existe outra Rússia, que quer a Ucrânia, que respeita os direitos humanos e para quem a palavra ‘liberdade’ tem significado”, revelou.

Ilya Schurov / Wikimedia

Boris Nemtsov, principal opositor do presidente russo Vladiimr Putin

Boris Nemtsov, principal opositor do presidente russo Vladiimr Putin

Boris Nemtsov, de 55 anos, presidente do Partido Republicano da Rússia, considerado o principal opositor de Vladimir Putin, foi assassinado na noite de sexta-feira quando passeava perto do Kremlin.

Entre os vários cargos políticos ocupados por Nemtsov estão o de governador da região de Nizhny Novgorod, no centro da Federação Russa, deputado e vice-primeiro-ministro no final dos anos 1990, sob a presidência de Boris Yeltsin.

Depois de sair do parlamento, em 2003, ajudou a criar e liderou vários partidos e grupos da oposição.

/Lusa

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