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Ucrânia autoriza as suas tropas na Crimeia a usar as armas

US Army Europe

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O  Ministério da Defesa da Ucrânia disse hoje que as suas forças militares estão “autorizadas a usar armas” depois de sofrerem a primeira baixa num ataque de homens armados a uma base na Crimeia.

“Para sua legítima defesa e a proteção das suas vidas, os militares ucranianos destacados na república autónoma da Crimeia estão autorizados a usar armas”, afirmou o Ministério da Defesa, num comunicado citado pela agência France Presse.

Até hoje, os militares ucranianos tinham instruções para não “responder às provocações” das forças pró-russas que ocupam a república da Crimeia há mais de duas semanas.

Hoje à tarde, um porta-voz do Ministério da Defesa ucraniano na Crimeia, Vladislav Selezniov, informou que homens armados tinham atacado uma base ucraniana em Simferopol, capital da península da Crimeia, e que um militar tinha morrido.

O comunicado do Ministério da Defesa ucraniano especificou entretanto que o aspirante S. Kakourine foi morto com um tiro no coração durante o ataque.

O capitão V. Fedoune ficou ferido no pescoço e no braço e um terceiro soldado sofreu ferimentos na cabeça e numa perna provocados por golpes de bastão, acrescentou a mesma nota informativa.

“Os agressores envergavam uniformes de militares russos e estavam armados com armas automáticas e uma arma com mira telescópica”, concluiu o ministério ucraniano.

O Presidente russo, Vladimir Putin, assinou hoje um tratado bilateral de união com o primeiro-ministro da Crimeia, Sergei Aksionov, e outros dirigentes da península, ignorando as sanções ocidentais impostas contra Moscovo.

A república autónoma ucraniana da Crimeia, de população maioritariamente russa, está no centro da tensão entre a Rússia e a Ucrânia desde a destituição, em fevereiro, do presidente ucraniano Viktor Ianukovich, considerado pró-russo.

As autoridades locais da península autónoma recusaram reconhecer o novo Governo de Kiev e referendaram, no domingo passado, uma união com a Rússia, apoiada por 96,77% dos votantes.

// Lusa

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