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Tsipras rende-se à austeridade para poupar 6,4 mil milhões em 15 meses

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Ian Langsdon / EPA

O Primeiro Ministro da Grécia, Alexis Tsipras

O primeiro-ministro da Grécia, Alexis Tsipras, apresentou na segunda-feira à noite as linhas orientadoras do seu programa de governo. A austeridade é a nota dominante com uma perspectiva de poupança de 6,4 mil milhões de euros nos próximos 15 meses.

Após a reeleição no passado 20 de Setembro e afastado o cenário do “Grexit”, a saída da Grécia do Euro, o governo de Alexis Tsipras cede à inevitabilidade da austeridade para garantir que os empréstimos dos parceiros europeus continuam a chegar aos cofres do país.

As medidas do governo grego para o Orçamento 2016 e para o Orçamento Rectificativo a apresentar ainda este ano terão que ser aprovadas para garantir nova tranche de 86 mil milhões de euros de empréstimo.

Ora, entre as principais medidas desses documentos estão a subida dos impostos, nomeadamente do IVA e os cortes nas pensões, áreas em que Tsipras sempre se recusou a ceder nas primeiras negociações com a União Europeia.

A austeridade grega visa uma poupança da ordem dos 6,4 mil milhões de euros nos próximos 15 meses, conforme informações avançadas pela comunicação social internacional.

No Parlamento, Tsipras comprometeu-se a reduzir a dívida, a recapitalizar os bancos e a atrair mais investimento para o país.

O primeiro-ministro grego ainda prometeu “uma reforma fiscal radical” e a luta afincada contra a fraude e a fuga aos impostos. Tudo isto com o intuito de sair da crise e de construir uma “nova Grécia”, disse.

O governo de Tsipras foi eleito com 155 deputados que não terão problemas em aprovar estas medidas de austeridade num Parlamento com 300 representantes.

ZAP

3 Comments

  1. A realidade e os superiores interesses de um país não se compadecem com trincheiras ideológicas.
    Tsirpas e o PS podem fazer história, com A.Costa a abrir portas à negociação com a coligação… Os três partidos em coligação, no fim da legislatura, seria recuperada a confiança eleitores/eleitos podendo vir a ser reposta a credibilidade do nosso sistema democrático perante o povo. Provavelmente voltar-se-ia à discussão ideológica entre partidos e não às “virgulas dos textos programáticos”.

  2. Do PCP já não surpreende mas do partido das tias do esquerdismo extremo, por serem contemporâneas de outra realidade é que não se percebe… Anti-Sociedade das nações democráticas… Anti-Euro, anti-tratados, anti-união… E ridículo do ridículo falam em reposição de salários, pleno emprego, ordenados “xpto”, nacionalizações… Quem risca compromissos internacionais com esta ligeireza, não sabe quem investe ou como criar riqueza a partir do momento que ponham a ponta do dedo grande a pisar o círculo governativo… Do mesmo modo como podem elas entender que Tsypras acabou por se comprometer com a necessária austeridade na Grécia?
    …E elas por aí, com postura cada vez mais angelical de arrepiar qualquer “santa”!

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