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Tsipras anuncia remodelação governamental

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Orestis Panagiotou / EPA

O primeiro-ministro da Grécia, Alexis Tsipras

O primeiro-ministro da Grécia, Alexis Tsipras

O primeiro-ministro grego Alexis Tsipras anunciou esta sexta-feira uma remodelação governamental, após a dissidência de uma parte da sua maioria durante o voto parlamentar sobre o primeiro pacote de reformas exigidas pelos credores em troca de um novo resgate.

Tsipras procedeu a alterações na sua equipa, para substituir ministros e sobretudo ministros-adjuntos que votaram contra as medidas, que foram rejeitadas na quinta-feira por cerca de um quarto dos deputados do partido da esquerda radical Syriza, no poder desde janeiro na Grécia.

O ministro da Energia, Panagiotis Lafazanis, da Plataforma de Esquerda, que na quarta-feira foi um dos 32 deputados do Syriza que votou contra as reformas, foi substituído por Panos Skourletis, até agora ministro do Trabalho.

A vice-ministra grega das Finanças, Nadia Valavani, tinha já apresentado no dia 15 a sua demissão, e o carismático Yannis Varoufakis deminitu-se a 6 de julho do seu cargo de Ministro das Finanças, no qual foi substituído por Euclid Tsakalotos.

Além de substituir os ministros dissidentes, Alexis Tsipras efectuou agora uma remodelação ministerial.

No âmbito desta remodelação, o Ministério do Trabalho passa para o actual ministro-adjunto da Reforma Administrativa, Yorgos Katrugalos.

A nova porta-voz do Governo será agora Olga Yerovasili, em substituição de Gavriil Sakelaridis.

O ministro-adjunto da Defesa, Kostas Ísijos, foi substituído por Dimitris Vitsas, o da Segurança Social, Dimitris Stratulis, foi substituído por Pavlos Jaikalis, e o dos Negócios Estrangeiros, Nikos Juntis, foi substituído por Sia Anagnostopulu.

O lugar de Nadia Valavani será ocupado por Trifon Alexiadis.

ZAP / Lusa

1 Comment

  1. Quis deitar abaixo a União e o €uro… Quis ver quem se desviava… Foi ele, o Varoufakis despreocupado e sorridente e o seu próprio povo que se “desviou”.

    Tsipras em nome do povo arrepiou caminho, refez o seu governo e refeitas as sensibilidades, apesar de contrário ao referendado, fez prevalecer o superior sentido estado no acordo celebrado para salvaguarda do povo grego acabando por abdicar do radicalismo ideológico programático da campanha eleitoral tipo “esquerda de aviário” (dixit Luís Amado Ex-ministro dos negócios estrangeiros de Sócrates) e talvez tenha começado a perceber que tal exercício ideológico não é compaginável com a verdadeira democracia própria de estrados de direito democrático nos quais o estado não deve ser o motor da economia. Apenas agente normativo e regulador da atividade económica privilegiando a iniciativa privada na economia.

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