/

Um morto em tiroteio em Copenhaga durante debate sobre islamismo

Dezenas de tiros soaram este sábado no exterior de um edifício em Copenhaga, onde decorria um debate sobre o islamismo e a liberdade de expressão, com a participação do embaixador de França e do artista sueco Lars Vilks.

As últimas notícias sobre o acontecimento apontam para pelo menos um civil morto e três polícias feridos.

O embaixador François Zimeray disse no Twitter que se encontrava “ileso”.

Um polícia terá sido ferido na rua, quando tentava proteger quem estava no local, refere a imprensa, citando testemunhos no local.

Primeira-ministra classifica tiroteio como ataque terrorista

A primeira-ministra dinamarquesa classificou o atentado de Copenhaga como um “ataque terrorista”, afirmando que a Dinamarca foi alvo de “um ato de violência cínica”, de acordo com a agência francesa AFP.

“Tudo leva a crer que o tiroteio tenha sido um atentado político, e, consequentemente, um ato terrorista”, disse Helle Thorning-Schmidt.

Já antes a polícia dinamarquesa tinha atribuído a mesma classificação ao atentado que esta tarde provocou a morte de um homem e feriu, pelo menos, três polícias, que se encontravam no local em serviço.

European Parliament / Flickr

A primeira-ministra da Dinamarca, Helle Thorning-Schmidt

A primeira-ministra da Dinamarca, Helle Thorning-Schmidt

A polícia dinamarquesa procura o suspeito da autoria do ataque, tendo já encontrado abandonado e vazio o carro, de modelo Volkswagen Polo, que terá sido usado na fuga.

O ataque ao centro cultural onde decorria o colóquio ‘Arte, blasfémia e liberdade de expressão“, contava com a presença do embaixador de Paris em Copenhaga, François Zimeray, e do cartoonista sueco Lars Vilks, autor de uma caricatura de Maomé publicadas em 2007, que originou uma forte contestação da comunidade islâmica.

O episódio de 2007, que tinha na base o trabalho de Vilks, seguiu-se à polémica que envolveu o diário dinamarquês Jyllands-Posten, que em setembro de 2005 publicou 12 caricaturas de Maomé, consideradas ofensivas pela comunidade islâmica, e que estiveram na base de ameaças de morte dirigidas ao chefe de redação do jornal.

De acordo com a imprensa dinamarquesa, Lars Vilks seria o alvo do ataque.

Nem o embaixador, nem o cartoonista foram atingidos pelos disparos.

Reacções em França

Paris também já classificou oficialmente o atentado como “ataque terrorista”.

“Um ataque terrorista visou uma reunião pública em Copenhaga, em que participava o embaixador de França na Dinamarca. Condeno com a maior firmeza este atentado”, afirmou Laurent Fabius, ministro dos Negócios Estrangeiros francês.

O ministro da Administração Interna francês, Bernard Cazeneuve, deverá viajar “o mais brevemente possível” para a Dinamarca para recolher informações sobre o ataque, informou, por sua vez,o presidente François Hollande, em comunicado.

O presidente francês declarou “toda a solidariedade” do seu país para com a primeira-ministra dinamarquesa Helle Thorning-Schmidt.

ZAP / Lusa

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.